O governo do Paraná planeja, por meio do projeto do Moegão, expandir a capacidade de descarregamento no porto de Paranaguá. Para isso acontecer, a infraestrutura regional precisa avançar no setor ferroviário. A logística promete melhorar com a Nova Ferroeste, que, por enquanto, é gestada como forma de projeto, com a promessa de ser licitada em 2024.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
No último dia 11, a gestão paranaense indicou para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, obras de infraestrutura e logística a serem contempladas com recursos. Uma delas é a ampliação da estrutura ferroviária do projeto da Nova Ferroeste.
“Precisamos expandir a eficiência ferroviária. Colocamos no PAC 3 e incluímos a Ferroeste. Também já se conversa sobre a renovação da Malha Sul”, informa o secretário paranaense da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “Ferroeste e Malha Sul significam que vamos ampliar a capacidade por ferrovia. Como vai chegar no Porto de Paranaguá? Temos que fazer um Moegão para que a gente possa passar de 5 milhões de toneladas para 25 milhões de toneladas. Vamos conseguir descarregar muito mais vagões”, projeta o secretário.
O coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Fagundes, apontou que o fator principal é a busca por evolução na logística multimodal para que essa conexão seja mais eficiente. “Não vai adiantar ter uma super ferrovia e um super porto, se a conexão não for eficiente da mesma maneira”, afirmou.
Ele destacou que o Moegão impacta diretamente a Nova Ferroeste. “A questão do Moegão é que, quando aumentamos exponencialmente a capacidade de descarga, viabiliza a Nova Ferroeste. O investidor, quando for olhar o projeto, vê que a Ferroeste é um baita projeto, mas 'consigo colocar no navio?' 70% da carga que passa pela Nova Ferroeste é exportação. Se não tivermos uma boa conexão entre o modal ferroviário e o modal marítimo, o portuário é um esforço em vão. Por isso, é importante o que o governo está fazendo e transformando o Paraná em uma central logística, que pressupõe uma excelente conexão multimodal”, explicou Fagundes.
Segundo o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, o Paraná tem um sistema ferroviário que limita a capacidade de carga no estado. “O porto precisa de uma nova ferrovia (...) A Nova Ferroeste vai trazer mais carga para o porto. E, quando há uma conexão de primeira linha, o Moegão, faz o porto conversar com a ferrovia”, disse.
Fagundes evidenciou que o Porto de Paranaguá precisa de uma excelente ferrovia e, da mesma forma, a ferrovia precisa de um porto eficiente. E o Moegão fará essa conexão. “O projeto paranaense é uma solução nacional para o agronegócio. Uma ferrovia que vai atender Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina. A economia anda sobre a infraestrutura. A Nova Ferroeste vem preencher um vazio de estrutura”, frisou.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Em jogo ousado, Lula blinda ministros do PT e limita espaços do Centrão no governo
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Após desmoronamento, BR-277 em Guarapuava ficará ao menos uma semana com bloqueio parcial