A Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou o ano de 2019 como o melhor de sua história – lucro de R$ 2 bilhões –, mas não comemorou. A pandemia do coronavírus ligaram o alerta da empresa, que teme pelo equilíbrio dos contratos ao longo do ano. Segundo o presidente da estatal, está se formando uma combinação explosiva: de queda na demanda, pela redução da atividade econômica, com aumento na inadimplência.
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Em relação a 2018, o lucro líquido da companhia cresceu 43%. Considerando apenas o resultado do quarto trimestre de 2019, o lucro líquido quase dobrou, passando de R$ 301,9 milhões para R$ 596,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortização) da companhia atingiu R$ 4,2 bilhões em 2019, alta de 36,3% em relação ao ano anterior. O que ajudou no caixa da companhia foram o crescimento da receita de disponibilidade de rede elétrica, entrada em operação de empreendimentos em transmissão e aumento no volume de energia vendida no mercado livre industrial.
Como controlador da companhia, o governo do Paraná receberá R$ 190,6 milhões em dividendos. O valor é 70% superior ao pago em 2019.
Na divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2019, na segunda-feira (6), o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, agradeceu aos funcionários da companhia, mas disse que o momento não é para comemorações. Ele destacou a decisão recente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que proibiu o corte de energia em residências e serviços essenciais mesmo em caso de inadimplência.
“Do nosso ponto de vista, uma decisão acertada, porque demonstra responsabilidade social. Mas a partir de agora é necessário que o setor discuta o equilíbrio econômico-financeiro das empresas, pois estamos diante de uma situação explosiva, de redução no consumo e aumento da inadimplência”, afirmou. Ele alertou para o fato de que o custo pode recair sobre distribuidoras de energia e consumidores, se não houver um plano específico para lidar com o assunto.
Em relação à pandemia do coronavírus, Slaviero disse que a Copel tem um plano de contingência que prevê os cuidados com saúde e segurança de funcionários e terceirizados, conforme o protocolo do Ministério da Saúde; garantia da continuidade dos serviços essenciais prestados, de fornecimento de energia e internet; monitorar e colaborar com a formulação de exigências dos órgãos regulatórios; e proteção à saúde financeira da companhia. “Apesar de todas as incertezas, mantemos visão otimista do ano e nossa missão e melhorar performance em relação ao ano passado”, afirmou o presidente da Copel na teleconferência.
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