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Posse do coronel Hudson Leôncio Teixeira como comandante-geral da Polícia Militar do Paraná; coronel Péricles de Matos foi para a reserva remunerada da corporação
Posse do coronel Hudson Leôncio Teixeira como comandante-geral da Polícia Militar do Paraná; coronel Péricles de Matos foi para a reserva remunerada da corporação| Foto: Jonathan Campos/AEN

O coronel Hudson Leôncio Teixeira é o novo comandante-geral da Polícia Militar do Paraná. A cerimônia de posse contou com o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), nesta sexta-feira (12), na Academia Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, na região de Curitiba. Teixeira entra no lugar do coronel Péricles de Matos, que foi para a reserva remunerada da corporação. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão de comunicação oficial do governo estadual, Teixeira entrou na corporação como soldado em 1992 e a primeira unidade a servir foi o 13º Batalhão. Depois trabalhou no 12º Batalhão, na Companhia de Polícia de Choque, na Força Samurai e foi comandante do 17º Batalhão, do 5º Batalhão e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Comandou, ainda, a Companhia de Eventos, o 1º Comando Regional da PM (1º CRPM) e foi chefe da Divisão de Operações de Segurança do Governo do Estado. A sua última tarefa foi como subcomandante-geral da PM.

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Em 2015, quando estava à frente do BOPE, Teixeira foi um dos oficiais do episódio que ficou conhecido como “29 de Abril” - quando a PM agiu para encerrar uma manifestação de servidores públicos, especialmente professores, em 29 de abril de 2015, e que acontecia entre os edifícios da Assembleia Legislativa e do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. A operação terminou com cerca de 200 manifestantes feridos e marcou a gestão do governador da época, Beto Richa (PSDB). Em junho daquele ano, o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) entrou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra seis autoridades, incluindo Teixeira. O MP o descreve como “executor da ação policial, tendo parcial autonomia em relação a seus desdobramentos”.

Mas, em agosto de 2017, a juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, rejeitou a ação civil pública. Na visão da juíza, os oficiais “encontravam-se amparados por ordem judicial de interdito proibitório, tendo se utilizado dos meios necessários e disponíveis para garantir a manutenção da ordem e impedir a invasão da Casa Legislativa e segurança de seus membros”. O MP recorre. As demais autoridades apontadas pelo MP na ação civil pública são o então governador Beto Richa; o então secretário estadual da Segurança Pública e hoje deputado estadual, Fernando Francischini (PSL); o então subcomandante-geral da PM, Nerino Mariano de Brito; o então comandante-geral da PM, Cesar Vinicius Kogut; e o comandante da “Operação Centro Cívico”, Arildo Luis Dias.

Cerimônia de posse

A cerimônia de posse contou com dezenas de autoridades, como o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Laurindo Souza; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Tito Campos de Paula; e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Fabio Camargo. Também participaram deputados estaduais, vereadores e o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD).

“Ele tem muita qualificação e competência para exercer essa função estratégica no campo da segurança pública paranaense. O coronel tem ampla experiência em logística, na área administrativa e também em gerenciamento de pessoas e vai nos ajudar muito nos próximos anos”, disse o governador Ratinho Junior sobre Hudson Leôncio Teixeira, durante a cerimônia, no registro da AEN.

O secretário de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, também falou sobre Teixeira. “É um oficial diferenciado que trabalha próximo aos seus comandados e se preocupa com o bem-estar deles. Teve experiência na capital e no interior e dará continuidade ao trabalho abnegado do coronel Péricles”, disse ele, segundo a AEN. “A capacitação operacional do novo comandante é inquestionável. Ele estagiou na ROTA, a tropa de elite da PM de São Paulo, e fez o curso da SWAT”, continuou o secretário.

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