| Foto: Américo Antonio/SESA
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A decisão deste sábado (4) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de interditar de forma cautelar 25 lotes da Coronavac “barrou” a chegada de 338.200 vacinas contra a Covid-19 ao Paraná. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em nota, a pasta explicou que recebeu neste sábado apenas 187.800 doses da Coronavac. Outros 338.200 imunizantes da Coronavac, também previstos para chegar neste sábado ao Paraná, não foram entregues. São doses que pertencem a um dos lotes interditados pela Anvisa, o “202108112H”.

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O veto – válido por até 90 dias - ocorreu porque as doses destes 25 lotes do laboratório chinês Sinovac (fabricante da Coronavac) foram envasadas em uma unidade não inspecionada, nem aprovada no bojo da autorização de uso emergencial da vacina dada pela Anvisa em janeiro deste ano. Nos 25 lotes, há um total de 12.113.934 de doses do imunizante.

“Sem alarmismo”

O Instituto Butantan já apresentou à Anvisa a documentação necessária para incluir a nova unidade na cadeia de fabricação e esclareceu que a medida “não deve causar alarmismo”. “Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à Anvisa, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população”, explicou.

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A Anvisa ainda vai analisar a documentação e reforça que, na autorização de uso emergencial do imunizante, consta que as vacinas devem ser “importadas prontas da Sinovac, ou o granel da vacina formulada e estéril, sendo importado da Sinovac para envase e acondicionamento no Instituto Butantan. Entretanto, eventuais alterações nestas configurações devem passar por nova análise das áreas técnicas da Anvisa”.

Mais de 3 mil doses já aplicadas

Além das 338.200 doses barradas ao Paraná, a interdição cautelar da Anvisa também atinge 3.200 doses da Coronavac que já foram distribuídas a municípios paranaenses entre os dias 28 de julho e 13 de agosto, e já foram aplicadas. Elas pertencem ao lote “L202106038”, que integra a lista da interdição cautelar. O Instituto Butantan reforça, contudo, que todas as doses dos 25 lotes foram aprovadas e que não há risco para quem recebeu os imunizantes.

Em nota, a Sesa também reforça que "não há motivo para alarmismo": "A Sesa aguarda orientações da Anvisa e do Ministério da Saúde, reforçando que não há motivo para alarmismo e que as vacinas fabricadas pelo Instituto Butantan são seguras e eficazes contra o coronavírus. O objetivo não é criar pânico. Apenas um procedimento da Anvisa em relação à unidade fabril".