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BR-277
Novos deslizamentos e condições que acabem isolando a população preocupam o deputado federal, Tião Medeiros| Foto: Rodrigo Félix Leal/Secretaria de Infraestrutura e Logística

Os lotes 1 e 2 do novo modelo de concessão do novo pedágio prometer uma solução para desafogar o trânsito da BR-277, que liga a capital do Paraná, Curitiba, ao litoral do estado, onde está localizado o Porto de Paranaguá. Enquanto a demanda histórico segue sem perspectiva de ser atendida, os prejuízos estruturais na rodovia e os danos econômicos se acumulam ao longo dos anos e pesam sobre o setor produtivo paranaense.

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A bancada paranaense no Congresso Nacional colocou em pauta um projeto para a construção de um novo traçado de acesso ao litoral paranaense pela BR-277. Para o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, Tião Medeiros (PP-PR), a projeção é de que a solução viável seja concretizada em uma década.

"A gente quer iniciar toda a parte burocrática para viabilizar um novo traçado. São avaliações demoradas, seja na esfera na ambiental ou na que concerne a engenharia. A ideia é começar já e criar uma lista de ações para corrermos atrás do dinheiro. Estamos falando de algo para daqui 10 anos", projeta.

A discussão, segundo Medeiros, é estratégica para o litoral paranaense e engloba o desenvolvimento do turismo, a importância do Porto de Paranaguá, além de se tornar um escape para eventuais dificuldades decorrentes de questões climáticas mais graves.

"Nós temos vieses que se somam para a intensificação do volume de tráfego para o litoral. Além disso, numa eventualidade de isolamento como já aconteceu, nós teremos uma segunda subida e descida. Temos vários pontos que convergem para o início do trabalho", explica.

Triplicação não é suficiente para desafogar BR-277

De acordo com o presidente da Comissão de Agricultura, ainda que a nova concessão de pedágio contemple a triplicação da pista, ainda assim é necessária uma via que sirva de alternativa.

"Dentro das projeções de expansão do Porto, em menos de 15 anos, a rodovia vai estar estrangulada. Quem vai permitir dizer como será e por onde será, é a própria engenharia. Pode ser uma conexão até a BR-116, que vai para São Paulo, tem a possibilidade de ser via BR-101, conectando Santa Catarina, e pode ser uma descida de Curitiba. Existem possibilidades que serão analisadas pela parte técnica", aponta.

Para o parlamentar, o olhar para o futuro se torna ainda mais necessário diante do desenvolvimento com obras de infraestrutura da atual gestão do governo estadual. "Tem as obras na engorda da praia em Matinhos, a ponte de Guaratuba. Isso vai ampliar ainda mais a questão do turismo no litoral. São questões, obviamente, que se somam para que a gente corra atrás de condições melhores para esse deslocamento."

O deputado comparou o novo traçado com o sistema Anchieta-Imigrantes, principal ligação rodoviária entre a região metropolitana de São Paulo e o Porto de Santos.

"Por mais que seja um pontapé inicial, é algo que tomaria uma proporção como tem São Paulo com a Anchieta e a Imigrantes. Ou seja, rodovias que fazem ligações fundamentais e que auxiliam no desenvolvimento daquele estado. Assim desejamos que aconteça por aqui no futuro", almeja.

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