A Frente Parlamentar de Engenharias, Agronomia, Geociências e Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável fez sua primeira reunião na manhã desta segunda-feira (2), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). No rol de temas elencados sobre os quais os parlamentares pretendem se debruçar estão os principais projetos de infraestrutura gestados para o estado, como o novo pedágio, a ponte de Guaratuba e a Nova Ferroeste.
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O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Fabio Oliveira (Podemos), destacou alguns dos principais objetivos: fiscalizar e acompanhar o modal rodoviário, as obras da Ponte de Guaratuba, a execução do Plano Estadual do Gás, a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, avaliar o programa Voe Paraná, acompanhar a Nova Ferroeste e a possível prorrogação da Malha Sul, além de analisar os lotes dos pedágios do Paraná.
“Nos pedágios, vamos analisar minuciosamente os novos contratos e garantir que as rodovias estaduais estejam em ótimas condições, cumprindo os prazos estabelecidos. Trabalharemos para tornar as informações sobre pedágios acessíveis ao público, promovendo principalmente transparência”, afirmou o deputado. O parlamentar prometeu a publicação, com regularidade, de relatórios sobre resultados e desenvolvimento da Frente Parlamentar.
O secretário de Planejamento do estado do Paraná, Guto Silva, afirmou que a Frente Parlamentar veio "em boa hora" e que “não há país desenvolvido sem engenharia firme”. De acordo com ele, é preciso pensar de forma colaborativa o futuro do estado. Também participaram da reunião inicial, de abertura dos trabalhos, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Sistema Ocepar, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Setores e deputados criticam baixa concorrência no lote 2 do pedágio
As entidades presentes demonstraram preocupação com a baixa concorrência no leilão do lote 2 do pedágio no Paraná, ocorrido na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) na última sexta-feira (29). Com previsão de investimentos de R$ 10,8 bilhões, a EPR, única concorrente, ofereceu desconto de 0,08% sobre as tarifas previstas no edital de concessão.
“Na sexta-feira, nós acompanhamos o leilão do segundo lote. Saiu na imprensa que o setor produtivo não estava contente com o leilão. E, na verdade, não está mesmo, mas vamos contextualizar”, destacou Fernando Moraes, presidente da Faciap. Ele pontuou que, com o avanço do segundo lote, muitas obras aguardadas vão acontecer no estado. Contudo, o desconto ficou aquém do esperado. “A gente queria mais players (participação de mais empresas relevantes no segmento). Quando existem mais players, existe mais desconto. O desconto foi praticamente zero”, opinou. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, também disse que “se tivesse mais concorrentes, seria importante”.
O deputado Moacyr Fadel (PSD) evidenciou que a frente parlamentar irá fiscalizar as obras previstas nas novas concessões de rodovias no Paraná. “Tivemos apenas uma concorrente. Essa concorrente precisa fazer em 7 anos. É importante estarmos juntos fiscalizando para que as obras saiam do papel. Não somente um pedágio mais barato, mas um pedágio eficiente”, disse ele sobre o resultado do lote 2. Ainda não há previsão de quando acontecerão os demais quatro lotes previstos para o novo pedágio paranaense.
“Não é o melhor cenário ter tido só uma empresa participando. A gente percebe claramente que o desconto foi praticamente nada. Isso melhorou nossa situação, mas poderia ser melhor se tivesse um processo competitivo no leilão”, afirmou o parlamentar Fabio Oliveira.
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