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Além dos próprios criminosos, polícia busca provas para incriminar grupo que tentou assaltar empresa de valores em Guarapuava.
Além dos próprios criminosos, polícia busca provas para incriminar grupo que tentou assaltar empresa de valores em Guarapuava.| Foto: BPMOA / Polícia Militar do Paraná

O efetivo policial responsável pelas investigações do ataque realizado em Guarapuava na noite de domingo (17) segue em busca dos assaltantes durante a noite desta segunda-feira (18). A determinação do secretário estadual de Segurança Pública, Rômulo Marinho Soares, é para que “não se perca a oportunidade” de encontrar os assaltantes que tentaram entrar em uma transportadora de valores – durante à tarde um homem suspeito de ajudar na ação foi detido.

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Em entrevista à RPC, o secretário confirmou que o homem preso é morador de Guarapuava e que ajudou a quadrilha na logística da tentativa de assalto. “Esse suspeito prestou apoio alugando casa, fazendo reconhecimento dos itinerários. Nós recolhemos o celular dele para fazer uma averiguação. É uma forma da gente tentar, de todas as formas, chegar nessa quadrilha”, disse.

De acordo com Soares, há fortes indícios de que alguns dos assaltantes podem estar feridos, aguardando por resgate, embrenhados na zona rural da cidade. “A gente verificou nas perícias feitas durante o dia de hoje que nos carros abandonados pela quadrilha havia muitas marcas de sangue. É um indício forte de que esse pessoal, na hora do confronto que aconteceu nessa madrugada, foi alvejado. A gente não pode perder a oportunidade de realizar um patrulhamento agora à noite”, afirmou.

Ataque à transportadora de valores começou na noite de domingo

Cerca de 30 bandidos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores localizada na cidade. Na ação, que começou perto da meia-noite e avançou pela madrugada, o grupo tentou acuar a PM, que reagiu. Houve dezenas de tiros e explosões, acessos fechados, confrontos, reféns, além de dois policiais militares e um morador feridos. Carros que passavam pelas ruas foram parados pelos assaltantes e as pessoas obrigadas a formarem escudos humanos.

O bando armado queimou veículos em rodovias e em frente ao Batalhão da PM, onde também foram disparados tiros para impedir a saída dos policiais enquanto outra parte do grupo agia na empresa de transporte de valores. Os criminosos também fecharam os acessos a Guarapuava.

Blindado do Exército patrulhou ruas durante o ataque

Durante a ação criminosa, um blindado do Exército patrulhou algumas ruas de Guarapuava. O tanque cumpria o protocolo de segurança para caso o quartel da Força também fosse atacado pelos criminosos. “O transporte ocorreu para reforçar a segurança de instalações de administração militar que estão localizadas fora do perímetro do quartel do 26° GAC”, informa o Exército em nota.

“Não houve, na ocasião, nenhuma ação contra instalações militares do Exército. As providências adotadas seguiram o protocolo de segurança da Organização Militar, destinado a preservar a integridade física de patrimônio e pessoal”, prossegue a nota assinada pelo comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada.

Ação foi frustrada por planejamento das forças policiais

Durante a manhã desta segunda-feira, o comando da Polícia Militar (PM) do Paraná afirmou que estava à espera do ataque. O grupo estaria sendo monitorado, inclusive com informações repassadas pelas polícias de São Paulo e Santa Catarina. O planejamento, segundo a corporação, impediu que os criminosos levassem dinheiro da empresa a partir do plano de contingência executado pelo 16º Batalhão (16° BPM) na cidade.

“Desde Criciúma e Araçatuba nossa Inteligência tem conversado com as polícias de São Paulo e Santa Catarina. E com a sinergia da Polícia Militar com a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal havia indicativo de que nosso estado poderia ser alvo desse tipo de crime. Tanto que dentro do nosso plano de contingência tínhamos tropas preparadas que chegaram rapidamente, fizeram o cerco à empresa com os criminosos não conseguindo acessar o cofre”, explicou o comandante da PM, coronel Hudson Leoncio Teixeira.

Amostras de sangue dos suspeitos serão incluídas no Banco Nacional de Perfis Genéticos

Mesmo com os criminosos não conseguindo levar nenhum dinheiro, a ação causou pânico na população, com os bandidos fortemente armados trocando tiros com a polícia e incendiando veículos. Na troca de tiros com a polícia, os criminosos deixaram uma amostra preciosa para as buscas: manchas de sangue dos assaltantes que foram alvejados pela PM.

A partir do odor dessas amostras de sangue, bem como dos utensílios deixados no caminho pelos criminosos, incluindo mochilas, os cães farejadores da PM já estão traçando o caminho dos criminosos que fugiram.

As amostras de sangue dos criminosos também foram recolhidas pelos peritos da Polícia Científica para auxiliar na investigação não só dessa ação em Guarapuava. De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, os códigos de DNA extraídos dessas amostras de sangue serão incluídos no Banco Nacional de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça. Dessa maneira, as polícias Civil e Federal de todo o país poderão comparar o DNA com amostras genéticas recolhidas de outros crimes para ver se têm relações.

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