A Companhia Paranaense de Energia (Copel) informou que vai se desfazer da Usina Elétrica a Gás (Uega), localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A decisão pela venda da termelétrica faz parte do compromisso assumido pela Copel de promover a transição energética e está dentro do planejamento mais amplo da empresa, de transformação da gestão para o modelo de corporação, que deve ser concluído até o fim do ano.
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“A Copel lançou, em novembro de 2022, a Visão 2030, um conjunto de estratégias que vão nortear as ações da companhia ao longo da década. Esse caminho, voltado à sustentabilidade e à eficiência, inclui a revisão da matriz energética para que 100% da energia gerada pela empresa provenham de fontes renováveis”, informou a companhia por meio de nota.
O plano de desinvestimento da Usina Elétrica a Gás de Araucária é um dos primeiros passos da Visão 2030. “Está em sintonia com o processo de descarbonização da matriz de geração da companhia”, destaca a empresa. A Copel possui 81,2% da usina de Araucária, sendo que o restante pertence à Petrobras.
A intenção de vender a Uega foi informada ao mercado por meio de comunicado em 8 de fevereiro deste ano. O processo está na fase não vinculante, primeira etapa da venda da totalidade de sua participação na Uega. Ainda não há definição de data para a venda. Segundo a companhia, os interessados na compra receberão um memorando com todos os detalhes sobre a usina e instruções sobre o processo de desinvestimento.
A Uega é de porte médio, com capacidade instalada de 484,15 MW. A última vez que entrou em operação foi em fevereiro de 2022. O valor de venda ainda está sendo avaliado. O recurso proveniente da venda será usado em investimentos nos negócios da Copel – geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia.
Mesmo com outro dono, a usina permanecerá fazendo parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), podendo entrar em produção em caso de necessidade como em situação de crise hídrica. Atualmente, 60% da energia consumida no Brasil vem das hidrelétricas.
Ao contrário do processo de privatização da Copel, que teve que passar pela aprovação da Assembleia Legislativa, o plano de desinvestimento agora anunciado não depende deste procedimento. A Uega é um ativo da Copel e sua venda não depende de autorização do governo do Estado e do Poder Legislativo. Depende apenas da aprovação do Conselho de Administração da própria Copel.
Copel também deve se desfazer da termelétrica de Figueira
A Copel possui outra termelétrica, a Usina de Figueira, localizada no município de mesmo nome, na região do Norte Pioneiro do Paraná. Movida a carvão, essa usina é pequena, com produção considerada irrelevante dentro do sistema. Tem 20 MW de capacidade instalada, mas não esteve em operação nos últimos anos.
No fim do ano passado, durante o período de anúncio da transformação da Copel em modelo corporação, o presidente da empresa, Daniel Pimentel Slaviero, informou que é intenção da companhia devolver a outorga da Usina de Figueira à Agência Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a assessoria de imprensa da companhia, ainda não há detalhes sobre o destino dessa usina.
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