Comprador de duas companhias de telecomunicação no Paraná em menos de três meses, o fundo de investimentos Bordeaux tem um nome muito conhecido por trás das cenas: o de Nelson Tanure. Investidor habituado a grandes negócios, o novo controlador da Copel Telecom conhece bem o segmento. Participou de transações envolvendo pelo menos duas gigantes em atuação no Brasil, a Tim e a Oi.
RECEBA notícias de Paraná pelo Whatsapp
Nascido em Salvador, na Bahia, Tanure se especializou em criar fundos de investimento para comprar ativos com problemas financeiros ou de gestão e “arrumar a casa”. Dessa forma, participou da venda da Intelig para a TIM, em 2019, com o fundo Docas. Em 2016, com o fundo Pharol, comprou ações da Oi em uma tentativa de negociar com os credores da companhia. O processo, no entanto, não ocorreu como o esperado. Uma briga de sócios sobre termos da recuperação judicial da empresa levou Nelson Tanure a deixar o negócio em janeiro deste ano.
O novo controlador da Copel Telecom tem uma longa expertise também em outros segmentos. Comandou, por exemplo, o Jornal do Brasil e a TV JB, além de ter negócios na indústria petroquímica e, mais recentemente, na construção civil – desde o ano passado ele é sócio da Gafisa.
Diferentemente da aposta em negócios em baixa, como a própria compra da empresa londrinense de telecomunicações Sercomtel, em setembro, a aquisição da Copel Telecom foge desse padrão. A companhia tem gerado receita e dominado o mercado de fibra ótica no estado. A intenção de Tanure com ela, segundo fontes familiarizadas com a negociação, é criar um polo de tecnologia em telecomunicações no Paraná. Para isso, conta com a consultoria do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa.
O primeiro passo, a concretização da aquisição da Sercomtel, já foi finalizado, com a aprovação da negociação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O segundo, a compra da Copel Telecom ainda depende da aprovação do mesmo Cade – um processo que não deve trazer entrave para seus planos.
A primeira versão deste texto citava de forma equivocada que a Gafisa estava em recuperação judicial. A informação foi corrigida
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião