Estação Michi no Eki Funaya na província de Kyoto.| Foto: Beacon Kyoto/Reprodução
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O Paraná, em cooperação técnica com a província de Hyogo, no Japão, planeja a construção de 15 estações voltadas ao turismo regional nas rodovias. A ideia é implantar "paradas obrigatórias" para quem gosta de conhecer a culinária e o artesanato locais, precisa sacar dinheiro, descansar, ir ao banheiro ou quer apenas se informar melhor sobre os atrativos da região. As primeiras cidades contempladas com pilotos da “Estação da Estrada” serão Morretes, Guarapuava e São José dos Pinhais. A meta é lançar pelo menos uma dessas estações no prazo de um ano.

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Inspirada no Michi no Eki, modelo japonês presente nas rodovias de Hyogo, a construção seguirá uma estrutura padrão composta por restaurantes, banheiros, mercado, estacionamento e áreas de cicloturismo com vestiários. Além disso, cada região poderá implantar estruturas adicionais, conforme necessidade e conveniência, como espaços para motorhome, agências bancárias, postos de atendimento dos Correios, entre outras.

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“Os estudos incluem metodologias de construção rápidas e sustentáveis”, afirma Bruno Banzato, consultor técnico em desenvolvimento econômico na Invest Paraná, agência vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) que está conduzindo a implantação das estações em parceria com a Paraná Turismo.

A fase atual está no desenvolvimento do projeto arquitetônico e a empresa responsável pela execução será escolhida por meio de licitação pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu). A escolha do terreno ficará a cargo do município e o estado fará uma nova licitação para definir o responsável pela construção, que pode custar cerca de R$ 5 milhões.

A operação e a gestão dos espaços não devem ser feitas pelo poder público: “A ideia é criar uma organização com empreendedores locais, para que sirva como uma vitrine. Queremos fazer a qualificação desses profissionais, talvez por meio de uma parceria com o Sebrae, para que toquem o espaço. Se o estudo verificar que essa condição não é viável, aí partimos para concessão ou parceria entre público e privado”, explica o consultor técnico.

Parceria celebra 51 anos de amizade entre PR e Hyogo

O projeto foi oferecido ao Paraná pelos japoneses, em comemoração dos 51 anos de parceria entre o estado e a província de Hyogo. No segundo seminário de apresentação, realizado no último dia 29, Kazunari Kitagaki, chefe de política agrícola da região Tajima no Escritório de Promoção de Agricultura e Silvicultura em Asago, na Província de Hyogo, comentou sobre os impactos do empreendimento. “A criação desses espaços acaba atraindo mais visitantes para o local. Observamos um aumento na venda de produtos agrícolas na região, com um valor mais alto que o de mercado”, comemorou.

De acordo com Banzato, da Invest Paraná, as construções oferecem uma série de vantagens, como geração de empregos e o impulsionamento do turismo local. “A ideia é que seja uma nova opção para conhecer o estado, já que o objetivo no futuro é criar uma rota entre as estações”, afirma.

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Outra preocupação é garantir que pequenos produtores estejam em evidência. “Estamos numa cooperação com a Invest para que nenhum aspecto turístico, ambiental, sócio econômico, estrutural, fique de fora das ações. É importante ressaltar que o interesse da comunidade e das gestões públicas são os vetores para que o desenvolvimento aconteça”, reforça Patrícia Assis, diretora executiva da Agência de Desenvolvimento Cultural e do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (Adetur).

Para o consultor técnico Banzato, a principal diferença entre as estações turísticas e os empreendimentos já existentes nas rodovias do estado é o desenvolvimento econômico e social. “A proposta é estimular a inovação, como uma espécie de incubadora, em que só entram produtos regionais. Vamos ter um trabalho cuidadoso de ouvir a população, principalmente empresários da região, para evitar a concorrência”, diz.

A instalação das estações turísticas faz parte do Programa de Vocações Regionais Sustentáveis, desenvolvido pela Invest Paraná, que tem como objetivo a abertura de mercado para produtos locais do Paraná.