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Infraestrutura do Paraná

Sinduscon e Movimento Pró-Paraná manifestam repúdio à interrupção da Ponte de Guaratuba

Investimento na Ponte de Guaratuba é previsto em R$ 386,9 milhões.
Investimento na Ponte de Guaratuba é previsto em R$ 386,9 milhões. (Foto: Projeção/DER-PR)

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) e o Movimento Pró-Paraná manifestaram preocupação com a decisão da Justiça Federal de suspender a licença prévia da construção da Ponte de Guaratuba. O sindicato afirmou, em nota, que a decisão "retarda" o avanço da infraestrutura do estado.

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"Esta decisão da Justiça Federal retarda o avanço de um dos projetos mais emblemáticos para o desenvolvimento do estado e penaliza mais uma vez a população, que anseia por esta obra há mais de 40 anos", disse em nota Carlos Cade, presidente do Sinduscon-PR.

O sindicato destacou que um projeto como a Ponte de Guaratuba necessita atender a uma série de ritos administrativos e ambientais. Contudo, espera que "este imbróglio processual seja resolvido com agilidade" para que "a Ponte de Guaratuba possa efetivamente sair do papel".

"A população quer e merece a execução deste projeto moderno, que vai impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do estado e reposicionar o litoral paranaense no mapa turístico", defendeu Carlos Cade.

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Na visão do presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski, a decisão judicial de suspender a licença prévia da construção da Ponte de Guaratuba foi um equívoco. "Estamos muito decepcionados com toda a dificuldade que o Paraná vem encontrando para avançar na infraestrutura do estado. Por isso, estamos produzindo uma nota técnica de esclarecimento sobre esse fato da [suspensão] da licença prévia da Ponte de Guaratuba", disse Domakoski.

"A gente fica sem palavras para expressar nossa indignação com essas barreiras de pessoas comprometidas com o atraso do estado do Paraná. Na verdade, a gente entende que essa decisão em primeira instância deverá ser derrubada em segunda instância", opinou.

O presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski, destacou que essa não é a primeira vez que obras de infraestrutura encontram dificuldades jurídicas no Paraná. "A engorda da praia de Matinhos, por conta da macro e microdrenagem, precisou superar quantos embaraços jurídicos? Atrasou a obra, mas quantos moradores que, por conta das chuvas, ficaram com suas casas embaixo da água?", questionou.

Ele também comentou sobre a suspensão pela Justiça federal do leilão do Lote 1 dos novos pedágios no Paraná. Embora, depois, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) atendeu o pedido da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e revogou a liminar.

"[O lote 1] sofreu suspensão em primeira instância. Será que isso espantou os investidores do lote 2? Será que isso pode espantar os investidores dos próximos lotes?", indagou Domakoski.

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Na decisão, juíza afirma que não foi mensurado os impactos ambientais

A decisão que suspendeu a licença prévia da construção da Ponte de Guaratuba é da juíza Silvia Brollo, da 11ª Vara Federal de Curitiba, e foi publicada no final de setembro. A administração estadual disse que vai recorrer.

A decisão da magistrada atende a parte dos pedidos do Ministério Público Federal (MPF) em ação civil pública. A juíza disse que a licença está suspensa até o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) ser aprovado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A magistrada, na decisão, afirmou que o EIA/Rima não identificou e nem mensurou os impactos ambientais da instalação da ponte. Outros pontos citados foram que o estudo não analisou os efeitos da iluminação noturna da ponte sobre a fauna marinha e aves da baía de Guaratuba e que a fauna não foi analisada em todas as estações do ano.

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