Uma obra tida como uma das grandes esperanças para melhorar o abastecimento de água da região metropolitana de Curitiba está atrasada, constatou uma inspetoria do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). De acordo com o órgão, a construção da Barragem do Rio Miringuava, em São José dos Pinhais, só está 40,55% concluída, enquanto o cronograma previa que, até este mês, a obra deveria ter avançado 61,39%.
O TCE sustenta que, com isso, haverá atraso no término da primeira fase da construção, previsto para março deste ano. A segunda fase, de resgate da fauna e flora, está em licitação e tem prazo de conclusão de 1.080 dias após a contratação da empresa.
A expectativa é de que a represa aumente o fornecimento para a população da RMC. A região passa por uma das piores estiagens da história, o que tem causado rodízio de abastecimento desde agosto de 2020. Atualmente, o Rio Miringuava tem uma vazão média de 800 litros por segundo. Com a barragem, a Sanepar espera ampliar a vazão para 2 mil litros por segundo. Isso equivale a 12% do total fornecido pelo sistema hoje – não resolve a crise hídrica, de fato, mas ameniza o problema.
Covid e chuvas causaram atrasos
De acordo com o TCE, a Sanepar alega que um surto de Covid-19 entre operários que trabalham na construção e o volume de chuvas entre novembro e dezembro na região estão entre os motivos que causaram o atraso. A companhia de saneamento sustenta que os serviços de terraplanagem só foram viáveis em 24 dos 61 dias no período.
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”