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Confirmado o terceiro caso de variante delta do coronavírus no Paraná
| Foto: José Fernando Ogura/AEN

O marido da idosa confirmada como o primeiro caso da variante delta do coronavírus no Paraná também foi infectado pela cepa. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fez o sequenciamento genético do vírus que infectou o idoso, de 74 anos, morador de Apucarana, assim como os dois outros casos confirmados da variante delta no estado.

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) como os três casos foram confirmados em pessoas próximas umas das outras, a contaminação pela variante delta é tratada como transmissão local, e não comunitária – quando não se consegue identificar a origem da contaminação.

O idoso começou a apresentar sintomas da Covid-19 no dia 21 de abril. Após ter tido o diagnóstico confirmado por um teste rápido seguido por uma coleta de exame RT-PCR, ele foi internado no dia 28 daquele mês. O exame foi encaminhado ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e pouco menos de 30 dias depois ele recebeu alta.

A esposa dele, de 74 anos, também teve alta depois de ficar internada por conta da Covid-19. Eles viviam com o filho, de 58 anos, que morreu no dia 17 de maio após ter contraído a doença. Não há a confirmação de que a morte tenha sido causada pela variante delta do coronavírus.

Por enquanto, a única vítima fatal da cepa no Paraná é uma mulher de 42 anos que veio do Japão para Apucarana para visitar a família. Ela estava grávida, e foi internada em 15 de abril e morreu três dias depois por conta das complicações da doença. O bebê sobreviveu.

Em São Paulo o primeiro caso da variante delta foi confirmado na terça-feira (6). O paciente é um homem de 45 anos. Além dele, a mulher, o enteado e o filho do casal estão sob observação. A suspeita por lá é que este caso, diferente dos identificados em Apucarana, possa ser de transmissão comunitária.

Paraná já registrou 24 variantes em circulação

Desde março de 2020 já foram registradas 24 linhagens diferentes de coronavírus no Paraná. Quinzenalmente, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) envia testes positivos de Covid para a Fiocruz para que seja feito esse monitoramento das variantes em circulação no estado. Entre as amostras enviadas, a maior predominância é das variantes zeta (P.2, identificada primeiro no Rio de Janeiro) e gama (P.1, originada na região amazônica).

“A P.1, também conhecida como gama, é a variante que surgiu em dezembro do ano passado em Manaus, capital do Amazonas, e atualmente é a variante de maior circulação no Paraná e no Brasil, segundo o que já temos catalogado. Alguns estudos apontam que essa variante tem maior potencial de transmissão, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde uma das de preocupação", explicou Irina Riediger, diretora técnica do Lacen.

Estudos preliminares divulgados pelos fabricantes das vacinas contra a Covid-19 mostraram que as opções disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI) são eficazes na prevenção de casos graves e mortes causadas pelas variantes. Por isso, a recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) é a vacinação em massa e a manutenção das medidas de precaução.

“Com a chegada do inverno, as pessoas acabam ficando em locais mais fechados. Insistimos na importância de manter os locais arejados e fazer o uso correto de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos. Estamos monitorando os contatos dos casos confirmados e realizando também o rastreamento em conjunto com as 22 Regionais de Saúde e seus municípios. O trabalho é complexo, mas nossos esforços estão voltados para que possamos identificar e alertar a população quanto aos riscos de contaminação”, explicou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

A meta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) é vacinar toda a população acima de 18 anos, que soma cerca de 8,7 milhões de pessoas, até o fim de setembro. Para isso, aposta o governo do estado, o mês de agosto será decisivo, quando a Sesa planeja vacinar 80% dos paranaenses adultos com a primeira dose (aproximadamente 6,9 milhões de pessoas) e 40% com a segunda dose (cerca de 3,5 milhões de pessoas).

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