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Hospital Regional de Ivaiporã, no Vale do Ivaí
Hospital Regional de Ivaiporã, no Vale do Ivaí| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Três hospitais regionais, de Ivaiporã, Guarapuava e Telêmaco Borba, voltam a ser administrados neste mês de maio pelo governo do Paraná após o encerramento de contratos de quase dois anos com gestores privados. As unidades ficam agora diretamente ligadas à Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas), que já gerencia 12 hospitais. O foco também muda: abertos em plena pandemia do coronavírus, em 2020, os três hospitais acabaram inicialmente atendendo exclusivamente pacientes com sintomas da Covid-19; agora, o governo estadual se reorganiza para ampliar o serviço, resgatando a ideia original, de reforçar as regiões Centro-Sul, Vale do Ivaí e Campos Gerais, consideradas desassistidas na área da saúde diante do tamanho da população.

Para colocar os três hospitais em funcionamento naquele momento, em meados de 2020, o governo estadual passou a administração do hospital de Telêmaco Borba para a Santa Casa de Ponta Grossa; a gestão do hospital de Guarapuava ficou nas mãos do Hospital Erasto Gaertner; e o hospital de Ivaiporã ficou com a Rede de Assistência à Saúde Metropolitana.

Mas, agora, com as administrações dos hospitais transferidas à Funeas, ainda há questões em aberto. As obras de dois hospitais ainda não foram totalmente concluídas e as equipes de trabalho ainda estão sendo contratadas e treinadas. Na obra do hospital de Guarapuava, ainda existem “alguns ajustes necessários”, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em resposta a questionamento da Gazeta do Povo. “Em Telêmaco Borba, igualmente algumas reformas e ajustes no prédio, como telhado, pintura, rede elétrica, hidráulica, manutenção de elevadores, ar condicionado, geradores de energia e outros”, completa a pasta.

A Sesa também informou à reportagem, nesta quinta-feira (5), que, atualmente, “os responsáveis pelas direções estão presentes nos hospitais” e que “equipes estão em treinamento com a direção nos protocolos do Estado, do ponto de vista administrativo e técnico-assistenciais”. “Em alguns casos, alguns prestadores de serviço cancelaram seus contratos que haviam firmado e estão sendo refeitos, o que vai garantir o bom atendimento aos pacientes nos próximos dias”, afirma a pasta, em nota, sem explicar exatamente quais seriam os contratos afetados e os motivos dos cancelamentos.

Balanço

O Hospital Regional de Guarapuava iniciou os atendimentos como “hospital de campanha”, voltado a pacientes com Covid-19, em julho de 2020. Naquele ano, a unidade realizou 515 atendimentos, passando para mais de 3 mil em 2021. Neste ano de 2022, até março, foram pouco mais de 200 atendimentos. A unidade manterá, inicialmente, 20 leitos em enfermaria clínica e 10 leitos em UTI adulto, totalizando 30 leitos para Covid-19 e outras necessidades clínicas. “O perfil assistencial do hospital será ampliado futuramente para o atendimento cirúrgico, ortopedia e trauma”, informa a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do Paraná.

Já o Hospital Regional de Ivaiporã abriu as portas em junho de 2020 como hospital exclusivo para atendimento Covid-19. No primeiro ano da pandemia, a unidade registrou 374 atendimentos. Foram 1.177 em 2021 e 168 até março deste ano. Agora, o hospital manterá 20 leitos de enfermaria clínica e outros 10 de UTI Adulto. “O perfil assistencial será preparado para o atendimento futuro de cirurgias eletivas”, segundo a AEN.

No Hospital de Telêmaco Borba, que também entrou em funcionamento em junho de 2020, foram 484 atendimentos naquele ano; em 2021, 917 atendimentos; e, até março de 2022, 131. “A unidade inicialmente manterá atendimentos clínicos para Covid-19, mas será preparada a unidade materno-infantil. A oferta de 20 leitos de enfermaria clínica será mantida”, explica a AEN.

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