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Segundo estatal, não há  processo de venda de seus ativos em andamento | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Segundo estatal, não há processo de venda de seus ativos em andamento| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Copel negou qualquer possibilidade, pelo menos no momento, de venda de qualquer ativo da empresa. A negativa é uma resposta à sinalização de interesse da TIM, terceira maior operadora de telefonia móvel do país, em adquirir negócios em telecomunicações da estatal paranaense e da Cemig, com objetivo de crescer em banda larga no mercado nacional.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Copel informou que não há nenhum processo de venda de seus ativos em andamento. A Sercomtel, pela qual a estatal atua como operadora, também preferiu não se manifestar sobre o assunto. No mercado, a Copel Telecom é avaliada em algo próximo a R$ 1 bilhão.

Segundo informa a Copel Telecom em seu site, a rede de fibra óptica da companhia está distribuída pelos 399 municípios do estado.

Rumores

Em outubro do ano passado, o secretário da Fazenda do governo Beto Richa (PSDB), Mauro Ricardo Costa, afirmou não existir a menor possibilidade de privatização das principais empresas do estado, e citou a Copel, a Sanepar e a Compagás.

Rumores sobre a venda das estatais teriam voltado à tona depois que o Paraná firmou, juntamente com outros estados, acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tratar de desestatizações. O banco de fomento havia confirmado interesse em passar à iniciativa privada negócios nas áreas de saneamento, iluminação pública e distribuição de gás natural. Também em outubro de 2017, a Casa Civil do governo do Paraná informou não haver estudo de desestatização no papel.

Segundo Mauro Ricardo, o termo de acordo firmado com o BNDES trabalhava com um conceito mais amplo de “desestatização”, que pode considerar concessões de rodovias ou de ferrovias.

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Na ocasião, o secretário informou também que mesmo a alienação das ações excedentes da Copel (o número de ações acima dos 50% necessários para que o governo tenha controle do capital) deve demorar. Hoje, o valor de mercado da empresa está abaixo do valor patrimonial, e o governo considera que não seria justo vender as ações “na bacia das almas”.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico em 2015, Mauro Ricardo chegou a dizer que o o governo do Paraná poderia vender um porcentual de ações da Copel e da Sanepar que ainda permitisse manter o controle sobre as estatais.

A entrevista fez com que Richa emitisse uma nota desautorizando qualquer discussão sobre a venda das ações das duas estatais. “Não autorizei e não discuti esse assunto com ninguém. Respeito a opinião pessoal do secretário da Fazenda, mas discordo dele e nunca tratei disso com ele. Não é o que eu penso. Há outras alternativas para ter recursos para novos investimentos no Paraná”, informou em nota.

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