Protesto de caminhoneiros em 2017, na entrada do Porto de Santos. Protestos pontuais voltaram a acontecer nesta segunda-feira (10)| Foto: Marco Silva/Estadão Conteúdo/Arquivo Gazeta do Povo

Apesar de os líderes de caminhoneiros terem decidido não fazer greve, mesmo após a suspensão das multas para as empresas que descumprem a tabela do frete mínimo, manifestações pontuais estão acontecendo nesta segunda-feira (10). Uma delas interditou parcialmente a rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, e outra aconteceu nas imediações do Porto de Santos, em São Paulo. Os movimentos, porém, são isolados e não há indicativo de greve geral.

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Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro, um bloqueio de caminhoneiros interditou parcialmente nesta manhã a rodovia Presidente Dutra (BR-116), no município de Barra Mansa (RJ), com aproximadamente dois quilômetros de congestionamento em ambos os sentidos. O movimento começou por volta de 5h25 no quilômetro 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar sentido São Paulo. Houve aglomeração sobre a pista, com alguns veículos retidos, acrescentou a polícia.

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A informação também foi confirmada pela assessoria da CCR Nova Dutra. De acordo com a empresa, às 9h da manhã, as faixas da pista no sentido Rio de Janeiro já estavam liberadas para o tráfego, mas havia lentidão de 4 km. 

Outras manifestações

Ainda segundo a CCR, também em Barra Mansa, mas no km 290, houve paralisação no pátio de posto de serviços, sem interdição de faixas. Em Piraí (RJ), no km 233, no sentido Rio, havia manifestantes parados no acostamento, e o trânsito estava livre.

Em Pindamonhangaba (SP), no km 92, tanto no sentido Rio, quanto no sentido São Paulo, havia manifestantes parados, mas estavam em postos de serviços e pelo acostamento.

Porto de Santos

Ainda nesta segunda, entre meia-noite e 8h, entre 15 e 20 motoristas de caminhão se concentraram na rotatória da Av. Augusto Barata, a chamada reta da Alemoa, tumultuando as imediações do Porto de Santos. A PM e a Guarda Portuária foram ao local e conseguiram manter a regularidade do trânsito. Com isso, não chegou a haver transtorno no fluxo de caminhões.

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A decisão de Fux que irritou os caminhoneiros

Os protestos ocorrem após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder na semana passada liminar impedindo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos. O tabelamento de fretes foi uma das medidas adotadas pelo governo para por fim à greve de maio, que afetou a economia do país como um todo. O setor empresarial considera a tabela como inconstitucional.

Ainda na semana passada, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou que poderia ficar mais difícil evitar uma nova paralisação da categoria após liminar do STF. Procurada para comentar o assunto, a Abcam não respondeu de imediato. A PRF também não respondeu a questionamento sobre a ocorrência de outros bloqueios no país.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]