O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que normalmente adota uma postura mais moderado, atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta (24) insinuando que ele “não é democrata” e que lhe falta ocupação – “um desocupado”.
Alckmin comentava sobre a disputa eleitoral à prefeitura de São Paulo neste ano em que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já disse que será um reflexo local “entre o ex-presidente e o atual” em uma “confrontação direta”.
“O ex-presidente é um desocupado. Não é que ele atrapalha o governo, é uma coisa meio panfletária, descompromissada com as coisas, fake news e que advoga uma tese quase incivilizatória. Quem não é democrata não deve participar da eleição”, disse em entrevista ao UOL.
Geraldo Alckmin sinalizou que não deve apoiar a chapa Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (que voltará ao PT) articulada por Lula. Ele deve acompanhar a correligionária Tabata Amaral (PSB-SP), que vai lançar a pré-campanha nesta quinta (25) e que deve ter o marqueteiro Pablo Nobel – da eleição de Javier Milei, na Argentina – à frente da campanha como foi confirmado à Gazeta do Povo em novembro do ano passado.
Na mesma entrevista ao UOL, Alckmin chamou as críticas ao plano de desenvolvimento da indústria de “desinformação” e garantiu que o Tesouro não colocará dinheiro público no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar os R$ 300 bilhões prometidos até 2026.
“Não tem nada a ver com questão fiscal. O governo não vai fazer nenhum aporte de dinheiro para o BNDES, não vai colocar recurso a mais no BNDES. O que existe é a neoindustrialização, a nova indústria, que é importante. Ela é inovadora, verde, produtiva e exportadora”, pontuou.
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