O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (25) que o ex-ministro do Gabinete Institucional do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, deverá comparecer à CPI do 8 de janeiro, mas sem a necessidade de responder às perguntas. A oitiva do ex-ministro de Bolsonaro está marcada para esta terça-feira (26/9).
A decisão de Zanin atende um pedido da defesa de Heleno, após alegarem que há “verdadeira confusão” sobre os motivos do depoimento e participação do ex-ministro na CPMI.
“A despeito da convocação na qualidade de testemunha, a justificativa utilizada nos requerimentos que a motivou evidencia o tratamento próprio de investigado dispensado ao paciente pela CPMI – 8 de janeiro, na medida que lhe é atribuída – ainda que de forma oblíqua e sem qualquer esteio na realidade fática – suposta participação ou apoio dos atos investigados pela Comissão”, argumentou a defesa.
No despacho, Zanin apontou que Heleno falará como testemunha e que só deverá dar informações sobre pontos que fazem parte do tema da CPMI e dos quais ele tenha conhecimento.
“Refere-se à depoimento na condição de testemunha, devendo ele manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da CPMI de que tenha conhecimento - assegurada, no entanto, a garantia de não autoincriminação”, afirmou o ministro.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Lira ensaia reação ao Judiciário e acena com pautas para garantir prerrogativas parlamentares
Vice-presidente da CCJ na Câmara cogita pautar propostas em defesa da vida e contra o aborto
Deixe sua opinião