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Alexandre de Moraes
O ministro do STF, Alexandre de Moraes| Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

O marketeiro argentino Fernando Cerimedo, que trabalhou na campanha eleitoral do presidente da Argentina, Javier Milei, disse ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio das redes sociais, que ele não seria perseguido ao visitar o país.

O ministro embarcou para Buenos Aires, capital argentina, para participar do Seminário "Atualização do Código Civil Brasil – Diálogo com o Código Civil Argentino", promovido pela revista Justiça e Cidadania. O evento ocorreu na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, entre 29 de fevereiro e 1º de março.

"Faça também uma visita à Patagônia e conheça nossas baleias, ninguém vai te acusar de observar 'muito de perto'", ironizou Cerimedo no “X” (antigo Twitter). O marketeiro se referia à investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por alegada "importunação" a uma baleia durante um passeio de jet ski em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

Cerimedo também assegurou que Moraes pode "expressar suas opiniões à vontade" na Argentina, sem receio de perseguição ou censura. Em janeiro de 2023, Moraes ordenou a suspensão das contas nas redes sociais dos jornalistas Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo alegando desinformação.

"Não há problema, faça isso gratuitamente; aqui ninguém vai te perseguir, censurar suas redes sociais, prender você, ou colocá-lo atrás das grades com criminosos perigosos e traficantes de drogas só por expressar sua opinião", afirmou Fernando Cerimedo.

"Fique à vontade e desfrute da liberdade de questionar, perguntar e até mesmo ponderar sobre teorias conspiratórias; aqui, você estará totalmente livre para fazê-lo. Você pode até solicitar o código-fonte de nossos sistemas, assim como eu fiz antes desta eleição, e eles terão prazer em compartilhar contigo."

Painel de seminário que Moraes é cancelado

Cerimedo também ironizou a participação de Moraes no seminário sobre a atualização do Código Civil. Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível notar que o evento contou com apenas cerca de quarenta participantes, a maioria composta por convidados dos palestrantes.

Com uma agenda que visava estimular a discussão sobre as tendências jurídicas globais, o programa foi dividido em seis painéis, explorando temas como os direitos fundamentais e de personalidade na era digital, o futuro do direito de empresa, e a influência do Código Civil argentino no direito das obrigações e dos contratos.

Para justificar o cancelamento do painel que receberia Moraes, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro Herman Benjamin do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tiago Santos Salles, os responsáveis pelo evento alegaram "falta de tempo". Fontes oficiais informaram que os palestrantes acabaram por discursar no jantar realizado no Alvear Palace Hotel, após o encerramento do seminário. Lá, além de Pacheco, o ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF, foi homenageado.

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