O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quarta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a suposta disseminação de fake news em mensagens que teria enviado a empresários. Estava previsto para o ex-mandatário ser ouvido pela PF nesta quinta (31) em duas investigações diferentes: no caso das joias sauditas e no caso dos empresários que criticaram a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um grupo de mensagens no WhatsApp. O ex-presidente deve depor apenas sobre as joias sauditas.
A defesa de Bolsonaro argumentou que só teve acesso aos autos sobre as mensagens na segunda-feira (28) e não conseguiu analisar mais de 2 mil páginas do processo em tempo hábil para o depoimento. Segundo apuração da CNN Brasil, o pedido foi aceito pelo delegado responsável pelo caso.
“O advogado, então, retornou a São Paulo com as cópias físicas na noite de segunda-feira, de modo que, tendo a oitiva sido designada para o dia 31 de agosto (quinta-feira), a defesa claramente não disporá de tempo hábil suficiente para a análise dos volumosos autos, que já ultrapassam 2000 folhas”, diz o documento enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Com isso, a defesa solicitou ao magistrado “a designação de nova data para a oitiva”, informou o jornal O Estado de S. Paulo.
Além de Bolsonaro, a PF também vai ouvir simultaneamente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; o tenente-coronel Mauro Cid; o pai dele, o general da reserva do Exército Mauro César Lourena Cid; os advogados Fábio Wajngarten e Frederick Wassef e os assessores Marcelo Câmara e Osmar Crivellati.
Mensagens em grupo de empresários
Na semana passada, Moraes determinou o arquivamento de investigação contra seis dos empresários que foram alvo de mandados em agosto de 2022, em razão de conversas sobre um suposto "golpe".
Na decisão, o ministro reconheceu que é “patente a ausência de justa causa” para manter aberta a investigação contra Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. No entanto, ministro concedeu à PF mais 60 dias para que sejam feitas diligências em relação a outros empresários: Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri.
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast