O empresário e ex-atleta brasileiro Marcus Santos foi eleito deputado nas eleições legislativas de Portugal neste final de semana, um dos 48 do partido de direita Chega. A legenda foi a que mais cresceu no pleito, dobrando a quantidade de parlamentares, e pretendia proibir a entrada do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso conquistasse a maioria.
Marcus é do Rio de Janeiro e concorreu pelo distrito do Porto. Anteriormente, foi atleta de artes marciais mistas e atualmente é proprietário de uma escola de artes marciais. Ele deixou o Brasil aos 18 anos para morar nos Estados Unidos e está em Portugal desde 2009, onde constituiu família, com esposa e um filho portugueses.
Em uma reportagem de 2023 do site Visão, Marcus mencionou que considerava ter “valores” semelhantes aos do partido Chega, como “defesa da família, da pátria e da propriedade privada”. Ele também destacou que há muitos brasileiros engajados no partido.
“Revejo no Chega os meus valores: a defesa da família, da pátria e da propriedade privada. E pátria, para mim, é também o país que me recebeu e a quem devo muito”, disse à publicação.
O Chega conseguiu 18,1% dos votos e demonstrou, segundo o líder André Ventura, que “os portugueses querem um governo da Aliança Democrática com o Chega”, sugerindo a possibilidade de que haja uma aliança entre o primeiro e o terceiro colocados. O Partido Socialista, que estava no poder, ficou em segundo lugar com 28,7%, enquanto que a AD teve 29,5%.
O deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou o alto desempenho do Chega, dizendo que "apoiamos por convicção, princípio, valores, não por moda ou momento político. Juntos somos mais fortes, por isso o establishment da esquerda radical nos difama, para evitar que tenhamos esses laços".
Outra possibilidade para formação de um novo governo é um acordo entre a AD e o Partido Socialista (PS). O presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, irá realizar consultas nesta semana com lideranças de todos os partidos para desenvolver uma proposta a Montenegro.
A divisão do Parlamento português abre outra opção futura: a de novas eleições no final do ano. A constituição portuguesa estabelece que devem decorrer seis meses antes da convocação de um novo pleito, e estas só podem acontecer 55 dias depois dessa data estabelecida.
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast