Fachada do STF, em Brasília: decisões cruciais para o governo federal. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Fachada do STF, em Brasília| Foto: STF

A Associação Nacional de membros do Ministério Público, MP Pró-sociedade, entrou com habeas corpus no STF em favor dos alvos de operação realizada pela Polícia Federal no último dia 27 no âmbito do inquérito das fake news. A investigação fez buscas contra 17 pessoas suspeitas de integrar uma rede de ataques à Corte, além de convocar oito deputados bolsonaristas a depor. Entre os parlamentares chamados a prestar informações está a deputada federal Bia Kicis (PSL-SP), irmã da procuradora Ruth Kicis, uma das fundadoras da associação. No documento, os promotores pedem que seja concedida liminar para que os citados só sejam investigados pelo Ministério Público (levando em consideração que o inquérito das fake news foi instaurado de ofício e é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes), além de solicitarem que os investigados tenham acesso integral aos autos da apuração. Em nota, o gabinete de Alexandre afirmou que foi autorizado "efetivo e integral" acesso aos autos, com a obrigação da manutenção do sigilo. A associação também pede que os investigados "não sejam forçados a produzirem prova contra si mesmos e comparecerem a qualquer ato de investigação" e ainda solicita que sejam declaradas ilícitas todas as provas obtidas no inquérito. A Polícia Federal intimou os alvos do inquérito para que prestem depoimentos nos próximos dias.