Ministra do STF, Cármen Lúcia.| Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
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Em despacho com recados ao governo sobre a importância da apuração de fatos, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça (27), a notícia-crime "de gravidade incontestável" do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusado de favorecer madeireiros investigados na Amazônia.

Apesar do procedimento ser praxe - cabe à PGR avaliar se há indícios suficientes de crime para abertura de inquérito - Cármen Lúcia fez questão de destacar que considerou o caso grave descrito com "minúcia e objetividade" por Saraiva sobre a atuação de Salles em prol dos madeireiros. A ministra frisa ainda que as ações relacionam-se com "tema de significação maior para a vida saudável do planeta, como é a questão ambiental" e defende que o caso seja avaliado "objetivamente" pela Procuradoria.

Saraiva acusa Salles de atuar para obstruir a Operação Handroanthus GLO, que mirou extração ilegal de madeira na Amazônia no final do ano passado. Segundo o delegado da PF, o ministro do Meio Ambiente "patrocina diretamente interesses privados" e integra organização criminosa na condição de "braço forte do Estado".

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