O comandante do Exército, Edson Luiz Pujol, declarou nesta sexta-feira (23) que não acredita que as declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, possam representar uma ofensiva à soberania brasileira na região amazônica. “A França é um país de tradição de liberdade, de democracia. Certamente não há motivos para nos sentirmos ameaçados, na minha opinião”, declarou. Macron postou em suas redes sociais mensagens condenando o Brasil por conta do aumento das queimadas na Amazônia. O posicionamento foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e por outras lideranças, como o antecessor de Pujol na chefia do Exército, o general Villas Boas. Este último considerou uma ameaça militar as declarações do presidente francês.
Pujol falou sobre o tema na Câmara dos Deputados, onde participou de sessão comemorativa ao Dia do Soldado. Ele disse também que o exército pode ajudar no combate aos incêndios com apoio logístico, fiscalização e conhecimento da floresta. Pujol declarou ainda que “não cabe ao Exército avaliar” sobre o apoio de outros países na extinção das queimadas - o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, adversário de Bolsonaro, ofereceu suporte.