Convocações para depoimento geraram reação, com pedido de habeas corpus enviado ao STF e queixas à corregedoria da PF.| Foto: Arquivo/Agência Brasil
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O delegado Bruno Calandrini, da Polícia Federal, convocou diversos integrantes da cúpula da corporação a prestar depoimentos sobre suposta interferência em inquérito aberto para investigar desvios no Ministério da Educação. Calandrini é o nome à frente da operação Acesso Pago, deflagrada em junho, na qual o ex-ministro Milton Ribeiro foi preso preventivamente meses depois de deixar a pasta.

O delegado afirma que houve interferência com prejuízo à condução da investigação e chamou a depor o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira (que já teria sido ouvido), além de outros diretores, superintendentes e delegados, entre os quais Raphael Soares Astini, cuja equipe cumpriu a ordem de prisão de Ribeiro, na cidade de Santos (SP). As informações são de O Globo e do portal G1.

Convocado, Astini entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) por considerar a atuação do colega irregular. O inquérito foi enviado à Corte a pedido do Ministério Público Federal e se encontra sob relatoria da ministra Cármen Lúcia.

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No HC, a defesa do delegado pede a suspensão de apurações internas na PF sobre a alegada interferência, que caminham em paralelo à investigação sobre prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Conforme o pedido, Calandrini estaria atuando "fora dos autos" e movido por "vingança pessoal".

As supostas irregularidades também teriam sido comunicadas à Corregedoria da corporação.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]