O ministro das Comunicações, Fábio Faria, está fazendo o que pode para garantir a vitória do deputado Arthur Lira (PP-AL), na disputa pela presidência da Câmara. Gazeta do Povo ouviu de deputados e assessores que o ministro, deputado licenciado do PSD, atua como uma espécie de articulador político paralelo. Faria não assume compromissos, nem garante cargos e emendas parlamentares, atribuições do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Sua interlocução indireta é focada mais no convencimento.
O ministro sustenta que apostar no candidato governista é o melhor a ser feito. Um dos motivos citados por ele é que, mesmo com os impactos da pandemia sobre a economia, o país fechará o ano com uma taxa de desemprego semelhante à de 2019. No ano passado, a taxa média foi de 11,9%. Basicamente, o discurso é: vale mais a pena estar alinhado a um governo que pegará uma economia em reação do que estar do lado oposto.
A economia, como bem sabem parlamentares, é um termômetro que ajuda a elevar as taxas de aprovação de um presidente da República. Só na quarta-feira, 9, Faria recebeu o deputado JHC (PSB-AL), prefeito eleito de Maceió. O PSB é um dos partidos que Lira busca conquistar apoio entre legendas da oposição. Além dele, o ministro também conversou no mesmo dia com a deputada Renata Abreu (Podemos-SP), presidente nacional do partido. Os deputados Davi Soares (DEM-SP) e João Campos (Republicanos-GO), integrantes de partidos que têm candidatos próprios, também se reuniram com ele.
Por vitória na Câmara, Fábio Faria atua como articulador paralelo do governo
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