O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, nomeado nesta sexta-feira (22), pelo ministro da Saúde e general da ativa, Eduardo Pazuello, para assessorar a logística da pasta, já defendeu medidas como "intervenção federal" e "Estado de Defesa ou de Sítio" na pandemia da Covid-19. Em publicação nas redes sociais, em maio de 2020, Fernandes lançou o desafio: "Vamos intervir, Presidente?". "Acho que está na hora do Presidente da República utilizar uma daquelas tais "medidas extremas" e... INTERVIR NOS ESTADOS CUJOS GOVERNANTES ESTEJAM EM DESCUMPRIMENTO DA LEI FEDERAL (sic)", escreveu o militar.
No mesmo texto publicado nas redes sociais, o novo auxiliar do general Pazuello defendeu que o presidente Jair Bolsonaro mandasse suspender decretos estaduais que determinavam o fechamento de estabelecimentos apontados como essenciais pelo governo federal. "Os proprietários reabrem seus estabelecimentos e qualquer ato de autoridade que se opuser, seja pela aplicação de multas, seja pelo fechamento forçado, será considerado sem valor e abuso de autoridade. A partir daí, é só a justiça federal colocar em fila os que se opuserem e começar a processar. E aí, essa ferramenta é "exagerada", "autoritária" ou é apenas a SOLUÇÃO CERTA PARA O CASO CORRETO?", escreveu Fernandes.
Semanas antes, em abril, Fernandes havia publicado um artigo no site "SAGRES - Política e Gestão Estratégica Aplicadas" afirmando ser "perfeitamente admissível" a "adoção de quaisquer das medidas estudadas, tanto a Intervenção Federal, quanto o Estado de Defesa ou de Sítio". "Por fim, salienta-se que a opção pela decretação de tais medidas em nada se relaciona a dar ao Estado poderes ditatoriais", afirmou o militar.
General nomeado por Pazuello defendeu intervenção federal nos estados
- 22/01/2021 16:04
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