O inquérito policial foi instaurado a partir de notícia crime encaminhada pelo próprio STF, após um ataque hacker ser detectado pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão.
O inquérito policial foi instaurado a partir de notícia crime encaminhada pelo próprio STF, após um ataque hacker ser detectado pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão.| Foto: SCO/STF

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (7) uma operação com o objetivo de prender os autores de um ataque cibernético ao Portal da Rádio Justiça, gerenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em São Paulo e outros dois mandados de busca e apreensão no Paraná. O inquérito policial foi instaurado a partir de notícia crime encaminhada pelo próprio STF, após um ataque hacker ser detectado pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão.

Segundo a PF, no dia 23 de março três suspeitos exploraram uma vulnerabilidade no site www.radiojustiça.jus.br e realizaram um acesso indevido aos servidores onde fica hospedado o portal e também ao sistema de consulta de peças processuais do STF. Os crimes apurados são os de invasão de dispositivo informático e interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento, ambos previstos no Código Penal, além do crime de corrupção de menores, com previsão no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em nota, o STF afirma que não houve qualquer comprometimento ou sequestro de dados relevantes do sistema. "O episódio no site da Rádio Justiça mencionado, em março do ano passado, permitiu que o STF promovesse uma série de melhorias de segurança no seu portal e nos seus sistemas, que passam por constante aprimoramento. Não houve nenhum tipo de acesso, comprometimento ou sequestro de qualquer dado relevante ou sigiloso. Técnicos e especialistas do Supremo acompanham a apuração, que corre sob sigilo."