Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Presidente da República, Jair Bolsonaro.| Foto: Isac Nóbrega/PR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou nesta segunda-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que é "prematuro" encerrar a investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por divulgação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. No dia 29 de julho, Bolsonaro fez uma live para, segundo ele, comprovar fraudes na eleição de 2018. No entanto, o presidente não apresentou nenhuma prova sobre as acusações que fez. A informação foi divulgada pelo portal g1.

Na semana passada, um relatório da Polícia Federal afirmou que Bolsonaro promoveu "desinformação" sobre urnas eletrônicas no vídeo. A manifestação da PGR, assinada pela subprocuradora-geral Lindôra Araújo, é contra um recurso da defesa do chefe do Executivo para encerrar a investigação.

A subprocuradora afirma que "há indícios, portanto, de que possa ter havido a divulgação indevida de informações falsas e/ou de baixa confiabilidade, bem como que alguns dos envolvidos na viabilização da 'live' ocorrida no dia 29.7.2021 tinham ciência da imprecisão das informações veiculadas". De acordo com a PGR, a iniciativa do presidente apresenta indícios de ter os mesmos mecanismos de propagação de fake news nas redes sociais utilizados pelos grupos investigado no inquérito das milícias digitais.