Inquérito
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça de seu governo Sergio Moro.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo Gazeta do Povo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento da investigação sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal. A manifestação, assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, foi encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, informou o jornal O Globo.

Para a PGR, não foi detectado nenhum crime na conduta de Bolsonaro e nenhuma evidência de que ele tentou obstruir alguma investigação da PF em curso. O inquérito foi aberto após a demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro, em abril de 2020. Lindôra também considerou que não houve crime também por parte de Moro. Em março, a PF também havia chegado a essa conclusão ao encerrar a apuração.

"Considerando as circunstâncias que permeiam o caso, a partir da análise criteriosa do arsenal probatório carreado aos autos, não há como atribuir ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e ao ex-Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública Sérgio Fernando Moro o cometimento de atos com repercussão criminal, uma vez que as condutas examinadas não se revestem de adequação típica", escreveu a vice-procuradora.