Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é réu por improbidade administrativa. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de fazer uso indevido do cargo durante as eleições.
Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é réu por improbidade administrativa. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de fazer uso indevido do cargo durante as eleições.| Foto: Alan Santos / Presidência da República

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques se aposentou da corporação aos 47 anos. A aposentadoria compulsória foi autorizada pela corporação em portaria publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23). De acordo com o texto, Vasques receberá “proventos integrais e paridade correspondentes ao subsídio do cargo efetivo”. Nesta semana ele já havia sido exonerado do cargo. Ele estava na PRF desde 1995. Uma regra que estava em vigor antes da reforma da Previdência permitia aos policiais passar para a inatividade com 30 anos de contribuição previdenciária ou 20 anos de atividade policial.

Vasques é réu por improbidade administrativa. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de fazer uso indevido do cargo durante as eleições. De acordo com o órgão, o ex-diretor da PRF teria feito manifestações públicas em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre agosto e outubro deste ano com teor político-partidário.

O MPF afirmou que ficou configurada a prática dolosa de improbidade administrativa e pediu o afastamento de Vasques. O juízo da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro deveria avaliar o afastamento ou a continuidade de Vasques no cargo, mas havia adiado a decisão em razão das férias do ex-diretor. Vasques também é alvo de um inquérito da Polícia Federal, aberto em novembro, para apurar sua conduta na realização de bloqueios rodoviários durante o segundo turno das eleições. O pedido de investigação foi protocolado pelo MPF.

A PF investiga a realização de blitz pela PRF no domingo de eleição, principalmente na região Nordeste. As operações teriam ocorrido mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir essas ações no dia do pleito. O inquérito também vai apurar se o diretor-geral da PRF cometeu suposto crime de prevaricação, por omissão, em relação aos bloqueios nas rodovias feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).