Ministério de Justiça afirmou que não há qualquer articulação entre a pasta e o vereador Carlos Bolsonaro.
Ministério de Justiça afirmou que não há qualquer articulação entre a pasta e o vereador Carlos Bolsonaro.| Foto: Divulgação

Os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram um requerimento ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira (19) pedindo que o órgão investigue a compra de um programa de espionagem, conhecido como Pegasus, pelo Ministério da Justiça. No pedido, Veneziano afirma que é preciso averiguar a atuação indevida de “agentes externos” no processo.

Segundo reportagem publicada pelo Uol, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, estaria atuando nos bastidores da compra para diminuir o poder dos militares e expandir sua influência na pasta. Diferentemente de outros processos semelhantes, órgãos como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Informações (Abin) não seriam beneficiados com licenças de uso do sistema. Nas redes sociais, o vereador negou qualquer conhecimento sobre o caso.

Para o senador Veneziano, a denúncia é grave. “Tais acusações são gravíssimas e demandam atenção especial dos órgãos de controle federais, a fim de garantir a lisura do processo de licitação”, afirma o parlamentar no requerimento ao TCU.

Em nota, o ministério da Justiça classificou as informações publicadas pela reportagem como mentirosas e negou qualquer irregularidade no processo de licitação. “Não há qualquer “articulação”, conforme cita a imprensa, entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o vereador Carlos Bolsonaro.”, diz a pasta.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública trabalha dentro da mais estrita legalidade para, em conjunto com as forças de segurança estaduais, seguir ampliando a segurança dos brasileiros. É lamentável que sejam feitas distorções a respeito de processos licitatórios realizados de forma técnica e transparente”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.