Ministros do STF aceitaram recurso da defesa de Lira e determinaram arquivamento da denúncia por corrupção passiva.| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta terça (6), o arquivamento de uma denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por corrupção passiva em um caso derivado de uma das delações premiadas da Operação Lava Jato.

Em decisão unânime entre os magistrados, a Primeira Turma aceitou um recurso da defesa de Lira contestando as acusações sobre o que seria o chamado “Quadrilhão do PP”, além da mudança de entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a denúncia, um ex-assessor de Lira foi flagrado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2012, tentando embarcar para Brasília com R$ 106,4 mil em espécie, que teriam sido pagos pelo então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Carlos Caballero Colombo, para obter apoio político para permanecer no cargo.

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Lira era líder do partido na época e afirmou ter pago as passagens do assessor, mas que não tinha conhecimento do dinheiro e não receberia o valor. O dinheiro foi citado em colaborações do doleiro Alberto Youssef e o auxiliar Rafael Lopes.

A PGR entendeu, em abril, que a denúncia passou a ser apoiada apenas nas delações e que as acusações não foram provadas. O pacote anticrime aprovado em 2019 proibiu acusações baseadas apenas nestas colaborações.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]