O presidente Jair Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Alan Santos

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta quarta-feira (24) a análise de como será o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal. O item é o último previsto na pauta desta sessão. O colegiado precisa decidir se Bolsonaro poderá desistir do interrogatório no inquérito ou se precisa se submeter à oitiva, presencialmente ou por escrito, ainda que exerça o direito constitucional de permanecer em silêncio.

O ministro Alexandre de Moraes pediu “urgência” na análise em dezembro. A investigação foi aberta no final de abril a partir de informações apresentadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro que acusou o presidente de substituir nomeados em cargos estratégicos da PF para blindar familiares e aliados de investigações.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu em dezembro do ano passado que o presidente Jair Bolsonaro pode desistir de prestar depoimento no inquérito. "Inexiste razão para se opor à opção do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de não ser interrogado nos presentes autos, seja por escrito, seja presencialmente. Na qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado", se manifestou.