O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, determinou nesta terça-feira (26) que a Polícia Federal (PF) investigue ameaças feitas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais.
O pedido é em referência a um comentário que foi feito em uma postagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), onde um internauta escreveu dizendo que era preciso “fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de alta precisão”.
Capelli anunciou que encaminhou a determinação à PF pela rede X (antigo Twitter), sem mencionar o nome do autor do comentário, mas se referiu a publicação que citou um “rifle de precisão” para atirar no chefe do Executivo. De acordo com o secretário-executivo, as redes sociais não podem servir para incentivar crimes contra políticos e outras autoridades.
“Estou encaminhando hoje à Polícia Federal determinação para que apure ameaça feita ao presidente Lula nas redes sociais fazendo alusão a ‘rifle de precisão’ e ‘vaquinha para tal’. As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades”, escreveu Capelli.
Essa não foi a primeira ameaça contra Lula que está sendo investigada em seu terceiro mandato. Em janeiro, um homem foi preso em Roraima depois de publicar que “chegou a hora de colocar uma bala na cabeça” do mandatário. No mesmo mês, o jogador de vôlei Maurício de Souza fez uma enquete sobre atirar no presidente.
Em agosto, um fazendeiro foi preso no Pará após dizer que "daria um tiro na barriga" do presidente Lula em uma distribuidora de bebidas. A Polícia não apresentou publicamente nenhuma evidência de que o fazendeiro tinha qualquer capacidade ou intenção de atirar em Lula de fato. Por ora, a denúncia contra ele parece se basear apenas em um comentário equivocado e inadequado que teria feito publicamente em uma loja de bebidas alcoólicas.
O governo federal vem utilizando os episódios mais recentes, como a invasão da conta da primeira-dama Janja da Silva, para ressuscitar o debate da regulamentação das redes sociais por meio do PL das fake news.
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