O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou o processo que poderia levar à cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), por 15 votos a 4, na sessão desta quarta (9).
O arquivamento ocorreu após o relator da ação, deputado João Leão (PP-BA), mudar o voto e se manifestar pela inadmissibilidade do caso. Ele havia votado a favor na sessão da semana passada, iniciando a tramitação da ação horas depois de Carla Zambelli ser alvo de uma operação da Polícia Federal.
“Eu acho que este conselho está maduro. Eu acho que a repercussão desse caso foi muito grande. Eu tenho acompanhado todas as sessões da Casa, […] os ânimos caíram, se arrefeceram. Então, em função disso tudo, nós vamos dar uma oportunidade à Casa, à deputada Carla Zambelli e a todos aqueles que estão com problemas, de nós pegarmos isso aqui e vamos nisso republicanamente. Eu voto pela inadmissibilidade”, disse Leão.
O processo contra a parlamentar foi aberto pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA), que a acusa de ter sido mandado “tomar naquele lugar”, durante uma tumultuada sessão da Comissão de Segurança Pública que contava com a presença do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Após ter o processo arquivado, Carla Zambelli disse que o comportamento na sessão ocorreu por conta de “ânimos exaltados” de todos do começo do ano, mas que acredita ser possível fazer debates “sem atacar” as pessoas.
“Eu admito que comecei também com o ânimo exaltado, mas hoje já vejo de outra maneira. Eu acho que a gente pode fazer um debate de ideias sem atacar pessoas. […] Realmente, não quis ofender o Duarte. Não foi minha intenção na minha fala”, completou.
A deputada se defendeu das acusações dizendo que a narrativa do colega não refletia exatamente a realidade do ocorrido, e que após ser provocada, teria dito, fora do microfone, “que só faltava ele me mandar tomar naquele lugar”, e chegou a dizer no Conselho, que aceitaria fazer um pedido de desculpas a Duarte Junior em Plenário.
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