Projeto foi aprovado na Comissão de Segurança Pública e segue para CCJ.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou nesta terça-feira (5) projeto que torna imprescritíveis os crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro (PL 5.236/2020). A proposta, do senador Marcos do Val (Podemos-ES), segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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Na justificativa do projeto, do Val cita que diariamente os brasileiros "são bombardeados por notícias sobre esquemas de recebimento de propinas, seja por servidores públicos ou por agentes políticos". E aponta como um dos fatores da corrupção no país "a possibilidade de o criminoso corrupto sair impune".

"Isso porque é comum que processos apurem corrupção cheguem até o Supremo Tribunal Federal (STF). Só que, até que isso aconteça, são vários anos de tramitação e de interposição de recursos, o que permite que o prazo prescricional escoe por completo", explica.

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No relatório apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), foi apontado a necessidade de tornar os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro como imprescritíveis, tendo em vista, as graves consequências aos cofres públicos e a complexidade da legislação para postergar ao máximo o trânsito em julgado dos processos.

"A corrupção é um crime de enorme desvalor, gera prejuízos diretos aos cofres públicos e perdas à população, que vê comprometida a implementação de políticas nas áreas de saúde, educação, segurança pública, etc. Além disso, a lavagem de dinheiro confere ar de legalidade a quantias oriundas não só da corrupção, como de vários outros crimes, como o tráfico de armas e drogas, e os crimes contra o patrimônio", aponta Amin no relatório.

O projeto segue, agora, para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois para votação no Plenário. Se aprovada no Senado, a proposta ainda tramitará na Câmara dos Deputados.