A Cúpula da Amazônia encerrou, nesta quarta-feira (9), sem muitos avanços ou metas pontuais para diminuir o desmatamento na floresta Amazônica.
Os 113 objetivos e princípios contidos na Declaração de Belém, firmada ao final do evento pelos oito países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) foi criticado por entidades não governamentais que acompanharam o debate realizado em Belém (PA).
De acordo com o Greenpeace Brasil, que participou dos Diálogos Amazônicos e acompanhou a Cúpula da Amazônia, o documento com os compromissos “falha ao não estabelecer metas e prazos para o desmatamento e o fim da exploração de petróleo na região”. Segundo o diretor de programas do Greenpeace Brasil, Leandro Ramos, a Declaração de Belém não traz medidas claras para responder à urgência das crises que o mundo vem enfrentando.
Para o Observatório do Clima, o documento final não oferece soluções práticas e um calendário de ações para evitar ameaças ao bioma da Amazônia. A entidade também critica a falta de menção sobre uma possível eliminação gradual de combustíveis fósseis. “O documento pecou pela falta de contundência. Ele é uma lista de desejos, e os desejos são insuficientes", afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
Ao final do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enalteceu a a Declaração de Belém e disse que o documento reúne iniciativas muito concretas para enfrentamento dos desafios compartilhados pelos oito países. “A Declaração de Belém e o comunicado conjunto que adotamos nestes dois dias de Cúpula são um passo na construção de uma agenda comum com os países em desenvolvimento com florestas tropicais. E vão pavimentar nosso caminho até a COP30, quando estaremos de volta aqui em Belém”, disse.
Lula também assumiu o compromisso de “expulsar” o narcotráfico e o crime organizado da Amazônia, no encerramento do evento ao conversar com jornalistas. “Nós vamos colocar mais Polícia Federal para cuidar da nossa fronteira e vamos fazer convênios com todos os países fronteiriços. Da mesma forma que vamos brigar para garantir a floresta, nós vamos brigar para expulsar o narcotraficante, os traficantes de arma e o crime organizado”, afirmou.
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