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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a operação que prendeu suspeitos de serem oss mandantes do assassinato de Marielle Franco, também determinou o afastamento das funções públicas do delegado Giniton Lages e do comissário de polícia, Marco Antônio de Barros Pinto.
A apuração foi publicada no blog da jornalista Daniela Lima, no portal G1.
Segundo ela, os dois policiais atuavam na Delegacia de Homicídios na época do crime.
Giniton era o delegado no início da apuração do caso. Ele foi indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, um dos presos neste domingo (24).
Segundo informações do jornal O Globo, Giniton é um dos alvos de mandado de busca e apreensão na operação deflagrada pela Polícia Federal.
A reportagem do jornal relembra que, na primeira fase do caso Marielle, o então diretor da Polícia Civil, Rivaldo Barboza, pediu a Giniton que interrogasse o então policial militar Rodrigo Ferreira, o Ferreirinha, apresentado como testemunha de uma conversa entre dois supostos suspeitos de serem mandantes do crime.
No entanto, essa versão era falsa, como acabou sendo descoberto meses depois pela Polícia Federal, em uma apuração que ficou conhecida como "investigação da investigação".
Delegado lançou livro sobre bastidores da investigação do caso Marielle
Em 2022, o delegado Giniton Lages chegou a lançar um livro intitulado "Quem matou Marielle?: Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo, revelados pelo delegado que comandou a investigação".
A obra tem 296 páginas. A descrição do livro em um site de vendas diz: "Com as investigações vieram à tona diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, as conexões com as milícias e, principalmente, a grande dúvida sobre quem foi o mandante da execução."
A descrição diz ainda que Giniton Lages foi "o primeiro delegado designado para a tarefa" e que "enfrentou diversas dificuldades para a elucidação do homicídio."