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Explosões no DF

Deputado foi procurado por autor de explosões à tarde na Câmara

Jorge Goetten
Jorge Goetten encontrou o homem em 2023 e disse que ele, na época, parecia "abalado emocionalmente". (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) afirmou nesta quinta (14) que o homem apontado como autor das explosões nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, na noite de quarta (13), o procurou mais cedo na Câmara dos Deputados.

De acordo com informações que recebeu de investigadores, Francisco Wanderley Luiz deu entrada no prédio à tarde dizendo que iria até o gabinete do parlamentar no Anexo III, passou pela revista do detector de metais, mas acabou indo apenas até o banheiro do Anexo IV.

“Eu soube que ele acessou a Câmara ontem e se identificou dizendo que ia para o nosso gabinete. Mas ele não esteve no nosso gabinete ontem. Teve acesso ao Anexo IV e foi ao banheiro. somente. O nosso gabinete é no Anexo III”, disse Goetten em entrevista ao G1.

Jorge Goetten confirmou que se encontrou anteriormente com Francisco em maio de 2023 em seu próprio gabinete, e que ele parecia “abalado emocionalmente”.

“Comentou muito da separação. Mas foi uma conversa de dois conterrâneos que se encontram, recordando os bons tempos em sua cidade de origem”, afirmou ressaltando que tem a recordação do homem ser um “empresário de sucesso” proprietário de casas de eventos e “sempre antenado às tendências do mercado”.

O deputado disse, ainda, que Francisco chegou a procurá-lo novamente na Câmara em agosto deste ano, mas que foi recebido apenas por assessores. Investigação da Polícia Federal e um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontam que ele estava no Distrito Federal desde julho, instalado em uma residência na região administrativa de Ceilândia, onde foram encontrados explosivos na manhã desta quinta (14).

Goetten afirmou também que conhecia o homem há 30 anos e que não havia nenhum comportamento que pudesse indicar a intenção de realizar algum atentado.

“Estou aguardando as investigações para tentar entender o que faz um homem como ele cometer um ato como esse, que eu lamento muito. Lamento por perder um ser humano, um conterrâneo nosso, mas amento também porque poderia atingido outras pessoas”, completou.

Também na residência em que estava hospedado, Francisco deixou uma mensagem escrita no espelho do banheiro a uma das pessoas presas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. “Débora Rodrigues, por favor, não desperdice batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT”, relatava o recado.

Débora Rodrigues é a cabeleireira mantida presa por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter rabiscado a frase “Perdeu Mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao prédio da Corte na Praça dos Três Poderes.

A mensagem deixada por ele no espelho está sendo usada pela Polícia Federal (PF) para justificar uma suposta ligação entre os atos de Francisco e o 8/1.

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