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Eduardo Bolsonaro é um dos sete deputados que respondem processo no Conselho de Ética
O deputado Eduardo Bolsonaro disse que o Republicanos está em pé de igualdade com os partidos de esquerda| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta sexta-feira (11), que o Republicanos é um "partido de esquerda". A legenda abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que foi ministro da Infraestrutura do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas vem se aproximando do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu avalio, hoje, que o Republicanos é um partido de esquerda”, disse Eduardo Bolsonaro a jornalistas na cidade de São José do Rio Preto (SP). E acrescentou: “Querendo se aproximar do Lula em um momento como esse, jogando pesado, trocando seus membros dentro da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] do MST sem avisá-los, inclusive, previamente disso (…) Eu vejo como lamentável e isso aí coloca o Republicanos em pé de igualdade com os partidos de esquerda, eu realmente não consigo entender”.

Assim como o PP, partido do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), o Republicanos vem cobrando espaço dentro do governo em troca de apoio parlamentar. No último dia 31 de julho, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) confirmou que o presidente dará espaço a Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) na Esplanada dos Ministérios.

A declaração de Eduardo Bolsonaro segue na esteira da pressão feita em cima de Tarcísio para sair do Republicanos. Na quarta-feira (9), o governador paulista admitiu considerar sair do Republicanos caso a legenda decida fazer parte da base do governo Lula. “Assim, eu sou contra. Pra mim, eu não gostaria de ver o meu partido fazendo parte da base do governo. Isso é uma coisa que eu vou avaliar com o partido.”, afirmou Tarcísio em um evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Nos bastidores do Republicanos, parlamentares ligados a Bolsonaro disputam com deputado mais fisiológicos para barrar a entrada do partido na gestão petista. Por outro lado, cresce a pressão para que parlamentares mais à direita migrem para outros partidos, como o PL de Bolsonaro ou o Novo.

Outro nomes podem deixar Republicanos

Além de Tarcísio, o senador Hamilton Mourão (RS), admitiu a possibilidade de deixar a sigla, caso ela venha fazer parte da base parlamentar de Lula. Nesta sexta-feira, ele afirmou estar incomodado com as negociações da gestão petista para ceder um ministério ao partido. A declaração foi dada durante entrevista à rádio NovaBrasil FM.

"Uma adesão do Republicanos ao governo seria um golpe duro para nossos eleitores e para mim em particular", avalia o senador. Ele confirmou que sondado pelo partido Novo para migrar, se juntando à bancada formada hoje apenas pelo senador Eduardo Girão (CE).

O deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, pode ser outro nome a sair do partido. A manobra feita pela legenda para retirar dois membros do Republicanos da CPI mostrou que o partido está fortemente comprometido em ajudar o governo Lula.

Segundo o ofício enviado à Presidência da Câmara dos Deputados pelo líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), os deputados Messias Donato (ES) e Diego Garcia (PR) foram desligados da CPI.

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