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Em um áudio encaminhado à Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (14), a ex-mulher do autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes disse que o intuito de Francisco Wanderley Luiz era matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, durante uma coletiva de imprensa.
“O próprio áudio [da esposa] e outras mensagens enviadas nas redes sociais ameaçando a Corte, especificamente nesse caso da senhora, diziam que o alvo dessa pessoa era, sim, o ministro Alexandre de Moraes”, destacou o chefe da PF.
Segundo a ex-mulher, o atentado era planejado há muito tempo pelo chaveiro e tinha o objetivo de matar o Moraes e “quem estivesse perto” no momento. Ela afirmou ainda que Francisco “só falava de política” e ficou obcecado com o ataque ao magistrado desde que Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a eleição, em 2022.
No relato, ela também disse que o plano dele era “fazer algo maior” e que já havia a intenção de se matar após o assassinato de Moraes. A ex-mulher, localizada em Santa Catarina, deve dar mais detalhes em um depoimento presencial à PF no município de Lages.
Imagens de uma câmera do circuito de segurança do STF mostraram a ação de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Ele detonou explosivos contra o prédio da Corte, na Praça dos Três Poderes, nesta quarta-feira (13), por volta das 19h30, e depois se matou ao deitar em cima de um dos artefatos.
De acordo com a PF, as explosões registradas na noite de quarta-feira (13) não são "fato isolado, mas conectado com outros casos que a corporação tem investigado no período recente".
Um inquérito foi instaurado e encaminhado ao STF, devido à suspeita de ato terrorista e ataque contra o estado democrático de direito. "Nossas equipes antiterrorismo estão atuando no caso", disse. O inquérito está sob sigilo.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou um relatório apontando que o homem-bomba fez ameaças a autoridades da República como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Sarney, convocou eleitores a uma “revolução” em 15 de novembro, e ainda pediu uma intervenção militar pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, entre outros.
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