Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Julgamento

Voto de Fux pressiona Cristiano Zanin, avalia Jeffrey Chiquini

Ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, foi indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Andressa Anholete/STF)

Ouça este conteúdo

Depois do voto histórico do ministro Luiz Fux, na quarta-feira (10), no Supremo Tribunal Federal (STF), cresce a pressão sobre a ministra Cármen Lúcia e o ministro Cristiano Zanin, que irão encerrar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, na Primeira Turma. O advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins em outro processo no STF, afirmou que Zanin poderá surpreender.

O ministro Fux abriu a primeira divergência e votou na absolvição do ex-presidente no processo sobre a suposta tentativa de golpe de estado. Com isso, o placar está em 2 a 1 pela condenação.

“Zanin vai ser surpresa. Ele é um advogado de carreira e suas posições sempre foram muito duras com relação ao devido processo legal”, comentou Chiquini ao programa Café com a Gazeta, nesta quinta-feira (11). Caso Zanin divirja do voto do ministro-relator Alexandre de Moraes, entende Chiquini, não haveria justificativas para deixar de acatar possíveis embargos infringentes que levariam o julgamento ao plenário da Corte.

VEJA TAMBÉM:

“Claro que ele (Zanin) deve estar recebendo muita pressão, porém o voto de Fux pode balançá-lo. Não acredito que o ministro irá votar integralmente com Alexandre de Moraes. Em algum ponto vai trazer divergência”, opinou o advogado. “Claro que as expectativas são mínimas, mas elas existem”, frisou.

Embargos infringentes são recursos jurídicos utilizados quando a decisão não foi unânime. Há discussões jurídicas se são necessários um ou dois votos divergentes para ser possível a entrada com embargos infringentes. “No caso de ir a plenário, certamente teremos o julgamento entrando em 2026 e talvez até 2027”, analisa Chiquini.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.