O senador Eduardo Girão ( novo-CE) criticou a “excessiva leniência do governo federal”, em relação as denúncias envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A declaração foi feita em discurso no plenário do Senado, nesta segunda (4).
Girão relembrou algumas das denúncias contra o ministro como o uso irregular de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para comparecer a um leilão de cavalos de raça e a nomeação de funcionários fantasmas no gabinete da Liderança do PDT no Senado. O parlamentar cearense também citou reportagens publicadas em março deste ano pelo Estadão que apontaram a nomeação da irmã de Gustavo como assessora especial do Ministério das Comunicações com salário de R$ 13 mil por mês.
“É uma farra completa com o dinheiro do contribuinte. É nosso dever combater esse tipo de abuso com o dinheiro do povo brasileiro”, criticou.
O senador ressaltou ainda que, de acordo com a Polícia Federal, existem suspeitas de ligação entre pessoas próximas ao ministro, com indícios de serem "testas de ferro", em contratos no valor de R$ 36 milhões da prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, além de contratos sem licitação realizados pela prefeitura de São Luís com uma empresa ligada à família do ministro.
Girão mencionou também o bloqueio de bens de Juscelino Filho pelo ministro Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações de desvios de verbas na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Nesta terça-feira (5), o Estadão divulgou que o ministro Juscelino Filho está na lista do governo entre “os cotados” para sair dos ministérios em 2024. Até o momento, o presidente Lula não fez nenhuma menção sobre as denúncias contra o seu ministro, mas aliados do governo apontam que ele está “incomodado” e deve articular um novo nome para a pasta com o partido União Brasil.
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