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Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin concede coletiva sobre a transição ao lado de aliados, em Brasília| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) assinou nesta terça-feira (8) três portarias com os primeiros indicados para a composição do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os nomes serão publicados no Diário Oficial da União (DOU) e, a partir daí, já poderão despachar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Ao todo, Lula tem direito a indicar até 50 nomes para compor a equipe de transição, com salários que vão de R$ 2,7 mil a aproximadamente R$ 17 mil. A lista completa, no entanto, só deve ser fechada nos próximos dias.

Além de Alckmin, indicado como coordenador executivo do grupo de transição, as portarias contêm nomes como o da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como coordenadora de articulação política, do ex-ministro Aloizio Mercadante, como coordenador dos grupos técnicos da transição, e da futura primeira-dama, Rosângela "Janja" da Silva, na coordenação da posse presidencial.

Os documentos trazem ainda a confirmação dos coordenadores para as áreas da economia e assistência social. Ao todo serão 31 grupos técnicos, que já servem de parâmetro para o tamanho do futuro ministério de Lula.

De acordo com Alckmin, os demais nomes serão confirmados a partir do acordo com demais partidos. A expectativa do governo eleito é de atrair a participação de legendas como MDB e União Brasil. Convidado, o PSD já confirmou que integrará a equipe de transição. Veja abaixo os nomes já indicados:

Coordenação dos trabalhos do governo de transição

  • Geraldo Alckmin

Vice de Lula, Geraldo Alckmin foi indicado pelo presidente eleito como coordenador do governo de transição, segundo petistas, por conta de seu perfil conciliador. Desde então, Alckmin vem sendo responsável pela interlocução com o governo do presidente Bolsonaro e com os líderes do Congresso Nacional.

  • Gleisi Hoffmann 

A presidente nacional do PT foi escalada para auxiliar Alckmin no governo de transição. Paralelamente, ela tem atuado nas costuras do PT para atrair outros partidos para a base governista, entre eles o MDB, o PSD e o União Brasil.

  • Aloizio Mercadante 

O ex-ministro petista foi o coordenador do programa de governo de Lula nas eleições deste ano. Ficará responsável por coordenar os 31 cnúcleos temáticos que compõem a equipe de transição. Os temas ficaram divididos em assuntos como educação, saúde, cultura, segurança pública e meio ambiente.

  • Rosângela Silva, a Janja 

Futura primeira-dama, a socióloga casou-se com Lula em maio deste ano. Janja será responsável por coordenador os preparativos para a posse presidencial, no dia 1º de janeiro de 2023.

  • Floriano Pesaro 

Um dos principais aliados de Alckmin, o ex-deputado do PSB será responsável por comandar o processo administrativo do período de transição. Pesaro foi diretor de projetos no Ministério da Educação durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Nas gestões de Alckmin à frente do governo de São Paulo, ele foi secretário-adjunto da Casa Civil e comandou a Secretaria de Desenvolvimento Social.

Equipe técnica de assistência social

  • Simone Tebet 

Reforço da campanha de Lula no segundo turno, a senadora do MDB foi escalada para coordenar a área de desenvolvimento social no período de transição.

  • Tereza Campelo

Para atuar ao lado de Tebet, o PT indicou a economista e pesquisadora Tereza Helena Gabrielli Barreto Campello. Ela foi uma das responsáveis pela elaboração do Bolsa Família durante o governo Lula.

  • Márcia Lopes

Outro nome indicado para atuar na área do desenvolvimento social foi o da assistente social Márcia Lopes. Filiada ao PT, ela foi ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula.

  • André Quintão

O deputado estadual pelo PT de Minas Gerais completa o grupo que irá discutir as propostas sobre desenvolvimento social no governo de transição. Quintão foi candidato à vice na chapa derrotada ao governo mineiro de Alexandre Kalil (PSD).

Equipe técnica da área de economia

  • Pérsio Arida 

O economista, um dos pais do Plano Real, foi escalado para atuar na área econômica do governo de transição. Próximo de Alckmin, Arida é visto como uma sinalização de compromisso com a responsabilidade fiscal por parte do governo Lula.

  • André Lara Resende

Outro economista responsável pelo Plano Real, ele também integrará a equipe de transição na área econômica. Nas eleições de 2018, Resende assessorou a campanha da então candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência, Marina Silva.

  • Guilherme Mello

Economista indicado pelo PT, ele é professor da Unicamp, integra o time da Fundação Perseu Abramo. Mello foi um dos principais porta-vozes da campanha de Lula para área econômica.

  • Nelson Barbosa

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento no governo Dilma Rousseff também irá integrar a equipe econômica do governo de transição. Barbosa foi Secretário de Política Econômica e Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda no governo Lula, entre 2007 e 2010.

Outros nomes da transição já confirmados pelos aliados de Lula

Além dos nomes indicados pela portaria assinada por Alckmin nesta terça-feira, outros aliados de Lula já são vistos como nomes certos no governo de transição. Candidato derrotado ao governo de São Paulo, Fernando Haddad confirmou, por exemplo, o nome do ex-ministro Henrique Paim como coordenador do técnico da área de educação.

"Paim tem um profundo conhecimento, e como não deixou a área, e desde que saiu do MEC chefia a FGV do Rio de Janeiro com uma equipe grande de assessoria a estados, municípios e o próprio MEC, e manteve a interlocução com todas as personalidades, ele vai ter condição, até de infraestrutura, para que os trabalhos avancem”, disse Haddad mais cedo, em São Paulo.

Veja abaixo a lista:

  • Carlos Siqueira 

O presidente nacional do PSB também deve ser escalado para atuar no governo de transição. Siqueira é advogado, tem experiência como gestor e deve atuar, segundo aliados, de forma transversal durante os trabalhos de transição.

  • Guilherme Boulos 

Deputado federal mais bem votado de São Paulo, ele representará o PSol nas discussões sobre habitação e cidades. A expectativa é de que o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) atue ao lado do presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros.

  • Jorge Messias 

O procurador da Fazenda Nacional Jorge Messias, o "Bessias", vai assessorar o trabalho de elaboração dos atos jurídicos da campanha. O servidor ficou conhecido em março de 2016, quando o então juiz federal Sergio Moro tornou público um grampo telefônico de uma conversa entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT). Na conversa, Dilma dizia estar enviando a Lula um termo de posse já assinado para que ele fosse nomeado para a Casa Civil.

  • João Paulo Capobianco

Secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente durante a gestão de Marina Silva,ele foi convidado para integrar a equipe de transição na área do meio ambiente. O ex-secretário participou da implementação de políticas ambientais que deram visibilidade internacional ao Brasil, como o Plano de Proteção e Controle do Desmatamento da Amazônia.

  • Henrique Paim

Ex-ministro da Educação de Dilma e ex-secretário-executivo do MEC durante a gestão de Fernando Haddad. Atualmente, é professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e será responsável por cuidar da área de educação na equipe de transição.

  • João Campos

Na lista de indicados pelo PSB, o prefeito de Recife será um dos representantes do Nordeste na transição. Campos irá contribuir junto aos conselhos e indicações políticas no entorno de Alckmin e deverá apontar quadros técnicos do PSB para os grupos de trabalho da transição.

  • Márcio França

Completa a lista de indicados do PSB o ex-governador de São Paulo, visto como um dos fiadores da aliança entre Alckmin e Lula. França é, inclusive, cotado para assumir uma pasta na Esplanada dos Ministérios.

Quais são os 31 grupos técnicos

O vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou ainda que serão criados 31 grupos técnicos para atuar no governo de transição, cada um podendo ter até quatro integrantes na coordenação. As áreas designadas na portaria já são um indicativo do tamanho do futuro ministério de Lula. Veja abaixo:

  1. Agricultura, pecuária e abastecimento
  2. Assistência Social
  3. Centro de Governo
  4. Cidades
  5. Ciência, tecnologia e inovação
  6. Comunicações
  7. Cultura
  8. Defesa
  9. Desenvolvimento Agrário
  10. Desenvolvimento Regional
  11. Direitos Humanos
  12. Economia
  13. Educação
  14. Esporte
  15. Igualdade Racial
  16. Indústria, Comércio e Serviços
  17. Infraestrutura
  18. Inteligência estratégica
  19. Justiça e Segurança Pública
  20. Meio Ambiente
  21. Minas e energia
  22. Mulheres
  23. Pesca
  24. Planejamento, orçamento e gestão
  25. Povos originários
  26. Previdência Social
  27. Relações Exteriores
  28. Saúde
  29. Trabalho
  30. Transparência, integridade e controle
  31. Turismo

Representantes de partidos no governo de transição

Todos os partidos que formaram a coligação vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva na urnas e outras legendas convidadas terão assento no Conselho de Transição Governamental. Cada partido indicou um nome para representá-los. São eles:

  • Antônio Brito (PSD)
  • Carlos Siqueira (PSB)
  • Daniel Tourinho (Agir)
  • Felipe Espírito Santo (Pros)
  • Gleisi Hoffmann (PT)
  • Guilherme Ítalo (Avante)
  • Jefferson Coriteac (Solidariedade)
  • José Luiz Penna (PV)
  • Juliano Medeiros (Psol)
  • Luciana Santos (PCdoB)
  • Wesley Diógenes (Rede)
  • Wolney Queiroz (PDT)
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