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Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

O governo federal anunciou na noite desta sexta-feira (20) a demissão de dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) presos na operação da Polícia Federal desta manhã. Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli foram alvos da operação suspeitos de estarem envolvidos com a espionagem ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, advogados e jornalistas.

A Casa Civil da Presidência da República informou que os dois já eram investigados internamente na agência. “A decisão foi tomada após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076). O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet”, disse a pasta, em nota.

O governo apontou que eles incorreram nas seguintes irregularidades: violação de proibição contida expressamente em lei - atuação em gerência e administração de sociedade empresária; improbidade administrativa por violação de dever mediante conduta tipificada em lei como conflito de interesse; e violação do regime de dedicação exclusiva a que se submetem todos os ocupantes do cargo de Oficial de Inteligência da Abin.

As investigações da PF apontaram que o sistema da Abin voltado à geolocalização de celulares teria sido invadido reiteradas vezes, sem ordem judicial. Os dois servidores teriam usado o conhecimento destes atos para coagir as chefias para não serem demitidos.

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