• Carregando...
Ives Gandra Martins Filho
Ives Gandra Martins Filho, ministro do TST.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Uma enquete realizada pela Gazeta do Povo mostra que a maioria dos leitores do jornal escolheria o jurista Ives Gandra Martins Filho para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello. O ministro vai sair do STF em 5 de julho por completar 75 anos, quando terá de se aposentar compulsoriamente. A escolha do sucessor de Marco Aurélio será feita pelo presidente Jair Bolsonaro.

O levantamento realizado pelo jornal, com caráter meramente de sondagem, recebeu mais de 9 mil votos durante 17 dias. Confira como foi a votação:

Ives Gandra Martins Filho, 57%

Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), é bem visto por militares, pela base de apoio ao governo Bolsonaro, dentro do STF e até entre parte dos evangélicos. Ele corre por fora das "bolsas de aposta" apenas por não ser evangélico – Bolsonaro prometeu indicar um ministro "terrivelmente evangélico". Ives Gandra Martins Filho é católico.

André Mendonça, 25%

Pastor presbiteriano, o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), André Mendonça tem o apoio de Jair Bolsonaro, da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da maioria dos ministros de Estado. Também é apoiado por associações e líderes evangélicos, tais como os pastores Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo; Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus; e o bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra.

William Douglas, 13%

O desembargador William Douglas, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), é pastor de Igreja Batista. Douglas não desfruta do mesmo apoio político do governo ou mesmo de parlamentares. Entre evangélicos, a avaliação é de que ele não circula com tanta desenvoltura nas redes políticas necessárias para ser indicado ao STF. Tem apoio da ministra da Família, Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e da deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Augusto Aras, 2%

A indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras, para o STF foi cogitada pelo próprio Bolsonaro quando sugeriu, em 2020, que, “se aparecer uma terceira vaga” ao STF, ele entraria “fortemente” no páreo. Para a vaga de Marco Aurélio, Aras corre por fora, com menos chances.

Humberto Martins, 2%

Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Humberto Martins é adventista do Sétimo Dia. Tem apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Centrão. Martins também teria o apoio de importantes lideranças da Frente Parlamentar Evangélica. Um fator que pesaria contra é a proximidade do presidente do STJ com o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Humberto Martins, assim como Lira e Renan, é de Alagoas.

João Otávio de Noronha, 1%

O ministro João Otávio de Noronha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez diversos fez acenos importantes em direção ao presidente Jair Bolsonaro, tanto por meio de decisões judiciais quanto por declarações públicas em 2020. Entre seus atos, concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Na mesma decisão, também concedeu prisão domiciliar à mulher de Queiroz, Márcia Aguiar. Noutra decisão favorável a Bolsonaro, suspendeu liminarmente a decisão do TRF-3 que obrigava o presidente a apresentar exames para detecção da Covid-19.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]