A primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, criticou nesta segunda-feira (4) a falta de representatividade no Supremo Tribunal Federal (STF). Janja disse esperar que a Corte seja um espaço ocupado por mais mulheres. Atualmente, a ministra Cármen Lúcia é a única representante feminina entre os 11 membros do STF. Em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou dois homens para o Supremo.
"Toda vez que eu chego em algum evento lá no Supremo, eu vou direto para ela [Cármen Lúcia]. Porque eu sempre entro naquela sala e é uma sala muito masculina e aquilo me incomoda muito, e aí eu sempre busco a ministra Cármen lá. Eu espero, realmente, é um espaço muito difícil, mas eu espero que logo aquele espaço também seja um espaço de mais mulheres", afirmou Janja durante o lançamento da agenda transversal de mulheres no Plano Plurianual de 2024-2027, informou o jornal O Globo.
Apesar da pressão para aumentar a representatividade feminina na Corte, Lula indicou Cristiano Zanin e Flávio Dino. Zanini substitui a ministra Rosa Weber, já Dino ocupou a vaga de Ricardo Lewandowski.
O Plano Plurianual de 2024-2027, divulgado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, pretende reduzir em 10% a diferença da renda média do trabalho entre homens e mulheres e chegar a 45,2% de formalização das mulheres no mercado de trabalho.
Além de Janja, participaram do evento a ministra do STF Cármen Lúcia; além das ministras Simone Tebet (Planejamento), Margareth Menezes (Cultura), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e a representante da ONU Mulheres, Ana Quirino.
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