Recém-empossado ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski assumiu não apenas um cargo em que terá de lidar com questões críticas, como o enfrentamento ao crime organizado. Mas, também enfrenta o desafio de se firmar como uma figura política após anos trajando a toga, e assim lidar com um Congresso em crise com o governo.
A atuação dele na articulação política, no entanto, ainda é um mistério que nem mesmo integrantes mantidos na pasta sabem como será conduzida. Elas Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do novo ministro, afirma que ainda não foi feito nenhum alinhamento de diretrizes sobre como deve ser o trabalho de Lewandowski com o Legislativo.
“A primeira coisa será conversar com ele, para saber as diretrizes na relação com o Congresso. Cada ministro tem sua característica. Vamos cumprir o que ele determinar”, disse em entrevista ao Estadão publicada nesta sexta (2).
Vaz foi um dos poucos mantidos por Lewandowski da antiga equipe de Flávio Dino, em que nove foram demitidos. Além dele, ficaram Andrei Passos Rodrigues no comando da Polícia Federal e Antônio Fernando Souza Oliveira como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
Apesar da mudança de cenário para Lewandowski, Elias Vaz afirma que a transição foi tranquila, e que o novo ministro é reconhecido pela habilidade no diálogo. Ele acredita que isso facilitará a construção de uma relação eficaz com o Congresso.
“Ele é uma pessoa de muito diálogo, evidentemente vai querer estabelecer um bom diálogo com o Congresso. Pela forma que o ministro é, vai ser muito tranquilo”, completou.
Nesse “bom diálogo”, o secretário acredita que Lewandowski pode ter uma atuação bem diferente de Dino ao lidar com os parlamentares da oposição, com menos enfrentamento.
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