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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: EFE/Andre Borges.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou neste domingo (8) um decreto de intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A decisão ocorre após manifestantes invadirem o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi anunciada em um pronunciamento do presidente durante uma viagem a Araraquara, no interior de São Paulo.

"Quem fez isso será encontrado e punido. A democracia garante o direito de livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições. Não tem precedente na história do país o que fizeram hoje. Por isso devem ser punidos", disse Lula.

A intervenção deve ficar em vigor até dia 31 de janeiro. O interventor será o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli. Com isso, a segurança pública do DF ficará sob a responsabilidade do governo federal.

Lula, que está em Araraquara para avaliar os danos das fortes chuvas, disse que voltará para Brasília para visitar os palácios invadidos e depredados.

Invasores serão identificados e punidos

Lula classificou os manifestantes como "vândalos" e reforçou que os invasores serão identificados e punidos. "Nós achamos que houve falta de segurança. E quero dizer que todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas", ressaltou o chefe do Executivo.

O mandatário disse que os financiadores também serão investigados e punidos. "E vamos descobrir quem são os financiadores de quem foi a Brasília hoje, e todos eles pagarão com a força da lei", acrescentou.

Presidente criticou polícia do DF

O presidente criticou a atuação das forças de segurança do Distrito Federal. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o Secretário de Segurança, Anderson Torres, que foi o último ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro. "O secretário de Segurança dele [Ibaneis Rocha] todo mundo sabe a fama dele de ser conivente com as manifestações", disse Lula.

"Lamentavelmente, quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é Polícia Militar do Distrito Federal, que não fez. Houve, eu diria, incompetência, má vontade, má-fé, das pessoas que cuidam da segurança pública do Distrito Federal", ressaltou Lula.

O presidente disse ainda que pela imagens deste domingo é possível policiais guiando os manifestantes até a praça dos Três Poderes. Ele também lembrou os atos de violência que ocorreram em Brasília no dia 12 de dezembro. "A Polícia Militar estava guiando e vendo eles tocar fogo em ônibus e não fazia absolutamente nada. Esses policiais que participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão participar da corporação, porque não são de confiança da sociedade brasileira", disse.

"Espero a partir desse decreto não só cuidar da segurança do Distrito Federal, mas garantir que isso não se repetirá no Brasil. É preciso que essa gente seja punida de forma exemplar, que ninguém nunca mais ouse com a bandeira nacional nas costas ou camiseta da seleção se fingirem de nacionalistas, se fingirem de brasileiros e façam o que eles fizeram hoje", afirmou.

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